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Precaução

08 DE DEZEMBRO DE 2015

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Atenção na voz desde a infância é imprescindível

Do nascimento à terceira idade é preciso estar atento à saúde vocal e auditiva

Por: Da Redação

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Nos adultos o mau uso da voz pode causar vários tipos de alterações estruturais no epitélio das cordas vocais

Nos adultos o mau uso da voz pode causar vários tipos de alterações estruturais no epitélio das cordas vocais

A fonoaudióloga Simone Boccato informa que desde o nascimento ou nos primeiros meses de vida é realizada a Triagem Auditiva nos bebês, buscando algum tipo de alteração da função auditiva que possa prejudicar o desenvolvimento da fala, intelectual e linguagem da criança.

“A partir dos 40 anos de idade pode iniciar-se a presbiacusia, caracterizada pela perda progressiva da audição que acontece devido ao envelhecimento do aparelho auditivo, hereditariedade e de falhas na preservação da audição durante a vida do indivíduo – como exposição a ruídos, medicamentos ototóxicos e doenças que podem afetar a audição, como por exemplo, diabetes, meningite, otites infecciosas, entre outras”, conta.

“Então, a partir dos quarenta, é necessário que se realize a audiometria uma vez ao ano. Isso se já não houver nenhuma alteração auditiva – nestes casos, o acompanhamento se faz necessário de acordo com cada paciente”, diz.

Por serem mais suscetíveis à falta de informação ou cuidados da família, é comum observar que os idosos ficam retraídos em relação aos problemas auditivos. Eles costumam procurar o consultório queixando-se dos mesmos ou apenas quando a situação já está agravada. “A deficiência auditiva provoca o isolamento social devido à dificuldade de comunicação, e consequentemente de se relacionar, aumentando o risco de depressão na terceira idade”, conta.

A profissional destaca que inúmeros fatos podem servir de alerta para uma possível perda de audição. “Quem ouve a TV com o volume muito alto, problemas de aprendizagem, dificuldades de atenção e concentração nos estudos ou no trabalho, fala muito alto, faz trocas de fonemas e articulação da fala, alterações de memória, e em muitos casos, até do equilíbrio corporal, podem estar relacionadas à perda auditiva”, explica.

RECÉM-NASCIDOS

Nos recém-nascidos, as paralisias de cordas vocais, as estenoses ou estreitamentos congênitos da laringe e as alterações cromossômicas podem alterar o som e a força do choro.

CRIANÇAS

Nas crianças maiores, a causa mais comum de alteração do padrão vocal são os nódulos ou “calos” das cordas vocais. “É mais frequente nos meninos, principalmente aos que costumam gritar muito”, conta.

“Outra causa menos comum de alteração da voz nesta faixa etária é um tipo de tumor benigno, porém bastante agressivo, conhecido como papiloma laríngeo. É causado por um vírus, o HPV ou papiloma vírus humano, e a transmissão ocorre de mãe para filho durante a gestação e o parto”, afirma. Dra. Simone conta que o tratamento consiste na retirada das lesões repetidas vezes, fazendo-se uso principalmente do laser.

A fonoaudióloga explica que é preciso estar atento aos pequenos que estavam bem e rapidamente desenvolveram rouquidão.  “Muitas vezes são acompanhadas de falta de ar. Deve-se suspeitar da presença de corpo estranho em vias aéreas. Essa é a causa mais comum de morte em crianças abaixo de um ano de idade”, por exemplo.

ADULTOS

Nos adultos o mau uso da voz pode causar vários tipos de alterações estruturais no epitélio das cordas vocais. “Dentre elas podemos citar os nódulos e os pólipos. Diferentemente do grupo infantil, neste, a mulher, principalmente as professoras, são as mais atingidas. Outros fatores que podem predispor ou agravar o quadro são alergias, disfunções de tireoide, infecções respiratórias, refluxo gastro-esofágico, tabagismo e o álcool”, afirma.

“Quanto aos tumores benignos que causam disfonia no adulto, assim como no grupo anterior, o papiloma é o mais comum, mas costuma ser menos agressivo do que nas crianças. O tratamento não difere entre os grupos”, afirma.

A fonoaudióloga explica que os tumores malignos de laringe atingem com maior frequência os fumantes, principalmente se houver associação com o abuso de bebidas alcoólicas. “O primeiro sintoma costuma ser a rouquidão persistente. O paciente deve procurar rapidamente ajuda especializada, pois quando o tumor é pequeno, os índices de cura aumentam e as sequelas são menores”, alerta.

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