Após uma análise da origem dos detritos que chegam às praias, graças à obtenção de recursos internacionais e nacionais, com ações práticas decorrentes destes estudos, como a instalação de barreiras nos canais e projetos, como o Beco Limpo, no Dique da Vila Gilda, a Secretaria de Meio Ambiente de Santos avança com outra ação.
Por sua vez, nos próximos dias iniciam os estudos para a análise dos resíduos nos canais.
“Vamos qualificar os resíduos para identificar a diferença em cada canal”, destaca o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Marcus Neves Fernandes.

Secretário-adjunto Marcus Neves Fernandes falou das ações da pasta durante o Jornal Enfoque. Foto: Felipy Brandão
Assim, o objetivo é descobrir a tipologia dos resíduos presentes em cada canal.
Ou seja, identificar se existem diferenças na qualidade de água de acordo com o percurso de cada canal, especialmente em direção ao mar.
Apesar dos canais terem como proposta original o escoamento das águas pluviais, como previa Saturnino de Brito, quando criou os canais, ainda existem ligações clandestinas que lançam esgoto – e não água – neles.
Dessa maneira, o programa Detecta busca identificar os focos de poluição.
No entanto, não bastasse, além de reter o resíduo, plantas aquáticas serão implantadas para purificar a água antes do lançamento nos coletores em direção ao emissário.
Ou até no mar, quando as chuvas fortes obrigam a abertura das comportas.
Fernandes participou do Jornal Enfoque desta quinta (8), Dia Mundial dos Oceanos
Ele falou sobre o programa, hortas urbanas, os trabalhos desenvolvidos pela pasta e outras ações ambientais dentro das ações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Confira o programa completo
Barreiras flutuantes
Assim, dando prosseguimento ao trabalho de análise das águas dos canais, por meio do Programa Detecta, a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) elaborou um novo modelo de barreiras flutuantes para os canais de Santos.
Dessa forma, o novo equipamento, em fase de confecção, terá, além dos elementos flutuantes, uma ilha com plantas aquáticas da espécie Eichhornia crassipes, cuja função é filtrar a matéria orgânica.
“Além da função estética, o uso de plantas filtradoras pode possibilitar uma melhor qualidade das águas de drenagem que chegam às praias”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório.
Por sua vez, o projeto teve a idelização dos estagiários de Engenharia Ambiental da Semam, sob a supervisão da bióloga Débora Mandaji, mestre em saneamento básico.
Assim, a confecção do equipamento prevê o reaproveitamento de redes de pesca e de bombonas de material de limpeza.
Dessa forma, o flutuante com as plantas deve ser instalado dentro de 30 dias no canal 5, para um período de testes de seis meses.
Portanto, uma vez aprovada, a proposta ocorrerá nos demais canais.
Aliás, Santos desenvolve, desde 2017, o Programa de Identificação das Fontes de Resíduos Marinhos, que possibilitou a instalação das barreiras flutuantes nos canais, entre outras iniciativas.
A ação recebeu recursos do Governo da Suécia na ocasião e serviu para ampliação de outros projetos ambientais.
O novo projeto teve apoio do Fundo Municipal de Preservação e Recuperação do Meio Ambiente.
(*) Com informações do Departamento de Comunicação da Prefeitura de Santos
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