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08 DE JULHO DE 2011

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Cachorros necessitam de atenção e cuidados quando o assunto são os olhos

Mudança na cor dos olhos, secreção, irritação ocular. Se seu cachorro apresenta esse tipo de características, preocupe-se: algo pode estar afetando a visão. Segundo o médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti, os olhos, curiosamente, não são a principal orientação dos caninos. “O cachorro costuma se basear mais pelo faro do que pela visão”, explica. O que, […]

Por: Da Redação

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Mudança na cor dos olhos, secreção, irritação ocular. Se seu cachorro apresenta esse tipo de características, preocupe-se: algo pode estar afetando a visão. Segundo o médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti, os olhos, curiosamente, não são a principal orientação dos caninos.


“O cachorro costuma se basear mais pelo faro do que pela visão”, explica. O que, por sua vez, não exclui a necessidade de se tomar certos cuidados com a vista, como o monitoramento junto ao veterinário e o tratamento no caso do animal adquirir alguma enfermidade.


Conforme Filetti, quatro são as doenças mais comuns que acometem os cachorros. Em todos os casos, a recomendação é que antes de tomar qualquer atitude, o animal seja levado ao veterinário para que este receite os devidos medicamentos.


Conjuntivite


Uma das enfermidades é a conjuntivite, comum nos humanos, e também é captada pelo ar, a partir de substâncias alérgicas ou que infeccionem os olhos. Filetti, no entanto, alerta que a conjuntivite animal não afeta os humanos, nem vice-versa. “O tratamento pode ser feito a base de colírio e pomada antibiótica. Quando há um caso mais prolongado de conjuntivite, pode ser receitado um medicamento de via oral”, explica.


Ceratite


Outra doença é a ceratite. Trata-se da opacidade da córnea, geralmente provocada por traumas, que a deixam esbranquiçada. Neste caso, também com a devida recomendação do veterinário, o tratamento envolve anti-inflamatórios tópicos e vitaminas, com medicamentos de via oral em casos mais delicados.


Catarata


A catarata é outra doença a qual os cachorros estão sujeitos. Consiste na opacificação do cristalino, deixando-o fibroso e impedindo que a imagem visualizada chegue à retina. Conforme Filetti, há dois tipos principais de catarata: a jovem e a senil.


A primeira é comum nos animais mais novos e menores, como poodles ou yorkshires. A segunda se dá nos cães mais velhos, a partir dos 12 anos. “Hoje, 30% do casos de catarata veterinária ocorrem pelo animal ser diabético. E aí, antes de qualquer coisa, é preciso tratar o diabetes”, acrescenta, ainda.


O tratamento para estes casos é a cirurgia. No entanto, alerta o veterinário, o dono deve observar o custo-benefício e os riscos da operação. “Além de verificar se o animal é cardiopata ou não, é preciso ponderar os gastos, pois essa operação não é barata”, explica.


“No caso dos cães mais novos, é um processo bastante válido. Já os mais velhos conhecem a casa onde vivem, e não se pode esquecer que os cachorros se coordenam principalmente pelo faro. Então, se o trabalho correr risco de comprometer o bem estar do animal, talvez não seja razoável. Mas cada caso é um caso”, analisa.


Glaucoma


Por fim, os cães também podem ser acometidos pelo glaucoma, que é o aumento da pressão intraocular devido ao impedimento da saída do humor aquoso do globo ocular, que pode cegar o animal. Algo que pode ser provocado por tumores e traumas, mas também por fatores genéticos, e que atinge principalmente os bichos de pequeno porte.


“Se o olho inchar, o dono precisa levar o animal imediatamente ao veterinário. Não se pode demorar nesse processo, porque se a doença não for diagnosticada a tempo, o animal dificilmente terá chance de ter a visão salva”, alerta Filetti.


E mesmo os procedimentos cirúrgicos não são garantia de sucesso. Conforme o mestre em Cirurgia Oftalmológica pela Unesp Botucatu, Ricardo Nery Gallo, em artigo publicado no site Greepet, o tratamento clínico do glaucoma canino têm de 30 a 50% de sucesso na redução da pressão intraocular.

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