Coberturas vacinais seguem abaixo do recomendado em todo o país | Boqnews
Foto: Divulgação Coberturas vacinais

Saúde

12 DE OUTUBRO DE 2018

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Coberturas vacinais seguem abaixo do recomendado em todo o país

Entre as vacinas com menor cobertura até o momento estão a primeira dose da tetra viral, a dose contra a hepatite A e a pentavalente

Por: Paula Laboissière
Da Redação

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As principais vacinas do calendário infantil no Brasil seguem abaixo dos percentuais de 90% a 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, dados preliminares divulgados ontem (11) pelo Ministério da Saúde mostram que, até agosto, a cobertura vacinal das doses indicadas para crianças com até 23 meses de vida variava de 53% a 75%.

Contudo, entre as vacinas com menor cobertura até o momento estão a primeira dose da tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba. Além da rubéola e varicela, com 53,5%.

Seguida pela dose contra a hepatite A, com 57,1%; e a pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, meningite e hepatite B, com 59,6%.

Já as vacinas com melhor cobertura são a BCG, que protege contra a tuberculose, com 75,9%; a primeira dose da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, com 68,7%; e a pneumo 10V, que previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite e otite) causadas por dez sorotipos de pneumococos, com 67,3%.

Cenário

Levantamento de rotina do ministério feito com estados e municípios, em visitas domiciliares na busca de não vacinados, indica como principais causas para a redução das coberturas vacinais o próprio sucesso do Programa Nacional de Imunizações, visto que não há mais circulação de algumas doenças no país, como a poliomielite.

Outra causa verificada pelas equipes de saúde é a desinformação provocada por boatos de que as vacinas não funcionam.

Ou que trazem graves efeitos colaterais.

A população, segundo a pasta, também indica que o horário de funcionamento das unidades de saúde atualmente é incompatível com a jornada de trabalho de pais e responsáveis.

“O perigo é que o aumento do fluxo migratório da população [sobretudo de países onde essas doenças ainda existem] e a interrupção da vacinação podem provocar a volta ou elevado número de casos de doenças como sarampo, pólio e rubéola, como tem sido identificado em países que estavam livres dessas doenças”, alertou o ministério.

Campanha

Diante das baixas coberturas vacinais, o governo federal lançou hoje campanha publicitária que alerta para a importância de se manter a vacinação em dia.

Portanto, o objetivo é mostrar que os baixos índices podem ser perigosos.

Desta forma, uma vez que abrem caminho para a reintrodução de doenças já eliminadas no país e que podem matar.

Sob o conceito Porque contra Arrependimento não Existe Vacina, as peças publicitárias são classificadas pela própria pasta como impactantes.

Assim, mostram casos reais de pessoas que sofrem até hoje pela não vacinação.

Pela primeira vez, a mascote das campanhas de vacinação do ministério, Zé Gotinha, aparece em tom sério e preocupado.

Portanto, a campanha conta com dois filmes, de 60 segundos e de 30 segundos.

Além de spots de rádio, anúncios de jornal e revista. Ainda mobiliários urbanos, painéis e ações na internet e nas redes sociais.

Além disso, serão produzidos materiais com o calendário de vacinação. Desta forma, serão distribuídos para todas as unidades de saúde do Brasil.

O conteúdo pode ser acessado procurando pela hashtag #FalaGotinha  e no site: saude.gov.br/vacinacao.

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