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23 DE SETEMBRO DE 2011

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Conheça como solucionar o problema das orelhas de abano

Dentre os problemas estéticos mais reclamados estão as orelhas de abano, que são um distúrbio caracterizado pelo aumento do ângulo entre a orelha e o crânio. Segundo especialistas, a medida padrão de espaçamento das orelhas varia entre 30 e 45 graus, ou seja, um espaço de até dois centímetros de abertura. No entanto, pode ocorrer […]

Por: Da Redação

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Dentre os problemas estéticos mais reclamados estão as orelhas de abano, que são um distúrbio caracterizado pelo aumento do ângulo entre a orelha e o crânio.


Segundo especialistas, a medida padrão de espaçamento das orelhas varia entre 30 e 45 graus, ou seja, um espaço de até dois centímetros de abertura. No entanto, pode ocorrer o apagamento da dobra mais externa da orelha  – chamada de anti-hélice –  o que produz uma abertura maior da parte superior da orelha.


Correção
Para terminar com o constrangimento social, a otoplastia, cirurgia para correção de deformidades na orelha externa, é o caminho indicado.
Geralmente, ela é realizada entre os 7 e os 14 anos de idade, quando as orelhas já atingiram o tamanho definitivo. Adultos também podem se submeter à operação, mas por possuírem cartilagens mais rígidas, em 15% dos casos há recidivas, mas a cirurgia pode ser refeita.


Segundo o médico Ruben Penteado, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cerca de 5% das pessoas apresentam a anomalia, que ocorre mais freqüentemente em meninas. “Não se sabe qual é a origem do problema, mas é possível afirmar que nem a posição do feto no útero, nem qualquer dificuldade na hora do parto são responsáveis. Trata-se de uma malformação hereditária, em geral, com vários casos na mesma família e todos parecidos”, afirma.


As orelhas proeminentes afetam a auto-estima do paciente. Crianças com orelhas em abano, por exemplo, são alvos de piadas e brincadeiras. “É importante que pais e educadores estejam sempre atentos para que os ofendidos não tenham o desempenho escolar afetado”, defende o cirurgião plástico.


Alguns pais, antigamente, submetiam o filho a ficar, dia e noite, com uma touca ou esparadrapos colados à cabeça. “Estas receitas caseiras não adiantam nada, pois a orelha possui uma estrutura elástica. Mesmo depois de muito tempo dobrada em um sentido, ao ser solta, ela volta à posição natural”, alerta o cirurgião plástico.


Como em grande parte das indicações estéticas, na área da cirurgia plástica a realização da otoplastia deve partir da vontade do próprio paciente. “O papel do cirurgião plástico é estabelecer que tipo de tratamento é o mais indicado para cada caso e mostrar que a cirurgia é uma opção terapêutica, com limitações e riscos”, explica.


Para o médico, porém, os pais nem sempre devem tomar a decisão de realizar a otoplastia o mais cedo possível, porque, às vezes, o tamanho da orelha parece grande, porém, conforme a criança  cresce o rosto se torna mais simétrico e a imperfeição desaparece.


“Além disso, é fundamental que a criança demonstre insatisfação com a própria aparência. As orelhas proeminentes não costumam causar qualquer transtorno às crianças até os cinco ou seis anos. A partir dessa idade, as críticas começam a ferir. Os comentários dos coleguinhas, por exemplo, passam a ter um peso maior e as brincadeiras de mau gosto com relação às orelhas se tornam mais cruéis, chegando a comprometer o bem-estar da criança, que pode apresentar distúrbios emocionais e comportamentais como ansiedade, depressão e até déficit de atenção”, explica Penteado.


Procedimentos
Uma avaliação clínica e laboratorial pré-operatória é fundamental para estabelecer se o paciente está em boas condições para se submeter a um procedimento anestésico e cirúrgico. A otoplastia é realizada para aproximar a orelha da cabeça, corrigindo a forma e o desenho. “O procedimento cirúrgico é feito por meio de um corte interno na pele atrás da orelha. A pele é descolada da cartilagem e fixada na nova posição com pontos internos”, explica o médico.


A anestesia pode ser local ou geral. A escolha do método de anestesia, sempre em comum acordo com o anestesista, levará em consideração o tamanho da cirurgia, as condições clínicas, psicológicas e a idade do paciente.


A otoplastia é normalmente realizada em caráter ambulatorial, com alta hospitalar horas após a recuperação da anestesia. O paciente vai para casa com um curativo e ataduras. Os cuidados pós-operatórios variam segundo a complexidade dos procedimentos efetuados.


Segundo o médico, pode ocorrer inchaço nos primeiros dois dias, que diminui gradativamente. “Os pontos são retirados entre seis e oito dias. Em geral, este é o tempo suficiente para que o paciente retorne às suas atividades sociais”, diz. O cirurgião também ressalta que pelo menos três meses são necessários para se observar o resultado final do tratamento.

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