Conheça o Lúpus | Boqnews

Vida +

28 DE JUNHO DE 2013

Siga-nos no Google Notícias!

Conheça o Lúpus

“A arte imita a vida”, já dizia o escritor irlandês Oscar Wilde. E desta vez, a novela Amor à Vida colocou em pauta a questão do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença que acomete a personagem Paulinha, interpretada pela atriz Klara Castanho, e milhares de pessoas na vida real. O lúpus é uma doença autoimune, ou […]

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}
“A arte imita a vida”, já dizia o escritor irlandês Oscar Wilde. E desta vez, a novela Amor à Vida colocou em pauta a questão do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença que acomete a personagem Paulinha, interpretada pela atriz Klara Castanho, e milhares de pessoas na vida real.
O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, as células de defesa do corpo reconhecem as células normais dos órgãos como uma ameaça que deve ser destruída, causando alterações em órgãos e sistemas, além de vários sintomas diferentes sendo os principais a febre, dores articulares, alterações na pele e sangue.
Cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com o LES são mulheres, geralmente em idade fértil e nos países com maior incidência solar. Fatores genéticos e hormonais estão associados e por algum motivo ainda não reconhecido na medicina ocorre o desencadeamento da doença que varia de pessoa a pessoa.
A dermatologista Valéria Fusari explica que o paciente, geralmente do sexo feminino, fabrica substâncias nocivas para seu organismo e os anticorpos, que são um mecanismo de defesa, passam a funcionar como autoagressão. “Portanto, o que caracteriza a doença autoimune é a formação de anticorpos contra seus próprios constituintes”.
 A radiação solar, em especial os raios ultravioleta, prevalentes das 10 às 15 horas, são a substância que mais agride as pessoas que nasceram geneticamente predispostas ao LES. Em estudos conduzidos no Hospital das Clínicas de São Paulo, foi possível detectar inúmeros casos de pacientes que tinham o primeiro surto logo após ter ido à praia e se exposto horas seguidas à radiação solar. Em geral, eram pacientes do sexo feminino, já que a incidência de lúpus atinge nove mulheres para cada homem. 
O diagnóstico nem sempre é fácil e o médico pesquisa sintomas e resultados de exames laboratoriais para enquadrar o paciente em critérios diagnósticos que o classificam como doente. Assim, o tratamento é iniciado com medicamentos e o acompanhamento é realizado com o objetivo de preservar os órgãos e a saúde. 
“O mais importante aos pacientes com suspeita ou confirmação da doença é que entendam que da mesma forma que ela se iniciou também pode ocorrer a remissão, e com o tratamento é possível preservar os órgãos e a saúde”, explica a dermatologista.
Tratamento
O tratamento da doença é feito com utilização de corticóides, grupo de hormônios esteróides produzidos pelas glândulas suprarrenais. Também podem ser injetados por via endovenosa. É o chamado pulso terapêutico que consiste em hospitalizar a paciente e infundir de uma só vez, numa única aplicação, grande quantidade de corticóide.
 O grande impulso, porém, foi conseguido com o advento de uma droga chamada ciclofosfomida, imunossupressor usado nos primórdios dos transplantes renais, e que pode ser aplicada em pacientes com lúpus sob a forma de pulso terapêutico. 
Outras drogas usadas inicialmente nesse tipo de transplante foram aproveitadas pelos reumatologistas para controlar a formação dos complexos imunes.
Com segmento ambulatorial bem feito,  o paciente tem condições de levar vida normal. “Lúpus é uma doença grave, especialmente se houver lesões renal e cerebral, mas hoje podemos contar com um contingente terapêutico importante e com antibióticos mais modernos que protegem contra infecções e garantem sobrevida maior para essas pacientes”, conclui Valéria.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.