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31 DE MARÇO DE 2008

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Corpo saudável com arte

Sinônimo de leveza e delicadeza, a arte de dançar balé exige muita disciplina, garra e autocontrole do corpo. As vantagens da dança, que surgiu no século XV, vão além de aprender movimentos centenários, como o plié, ou ficar na ponta dos dedos. O balé contribui também com a qualidade de vida dos dançarinos que escolhem […]

Por: Da Redação

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Sinônimo de leveza e delicadeza, a arte de dançar balé exige muita disciplina, garra e autocontrole do corpo. As vantagens da dança, que surgiu no século XV, vão além de aprender movimentos centenários, como o plié, ou ficar na ponta dos dedos. O balé contribui também com a qualidade de vida dos dançarinos que escolhem a arte como profissão ou apenas como hobby e ainda atividade física.


Para a bailarina e atual coordenadora da Escola de Bailado Municipal de Santos (EBMS), da Secretária de Cultura (Secult), Renata Pacheco, o balé contribui com a saúde dos dançarinos, pois ele trabalha com todo o corpo. “Corrige a postura, encaixa o quadril, encolhe o abdômen, levanta o pescoço. As meninas e os meninos ganham uma nova postura, mais correta, que reflete no rendimento do dia-a-dia”, conta.


O trabalho com o corpo nesta atividade é primordial, pois ele é o principal instrumento do bailarino. “Por isso é tão importante aliar o exercício com uma boa alimentação, de preferência acompanhada por um nutricionista”, ressalta Renata.


Segundo a bailarina, peso elevado não combina com a dança. “Os movimentos ficam mais devagares, sem leveza, e a pessoa quando ganha uns quilos não consegue seguir os outros alunos”, relata. Contudo, para quem está em busca de uma atividade física para manter a forma ou emagrecer, o balé pode ser uma boa opção para as mais variadas idades.


Além disso, segundo Renata, pela técnica ser difícil é importante que o dançarino aprenda a prestar atenção, o que ajuda com que principalmente as crianças aprendam a se concentrar. “Educação e higiene também são aspectos ensinados durante as aulas para os dançarinos. É interessante ver como as meninas ficam mais delicadas e os meninos mais educados”, diz.


Mesmo começando tarde nesta arte, aos 19 anos, Renata explica que para os meninos e meninas que sonham em se tornar bailarinos, o importante é, além de ter talento, começar logo cedo, pois o quanto antes a pessoa entrar em uma escola de balé, melhor será seu desempenho. “Quando resolvi dançar já não era mais criança, porém treinava dias inteiros sem parar, das 8 às 23 horas, ou seja, eram 15 horas de treino. Poucos se sujeitam a isso”, lembra.


Melhorias


Delicada, com movimentos leves e voz suave, a jovem bailarina de 15 anos, Marcella Pellicciotti começou a dançar na Escola de Balé da Cidade, que funciona no Teatro Municipal, com apenas seis anos. Hoje, ela faz parte do Balé da Cidade de Santos e sonha em fazer faculdade de Medicina. “A dança é uma fuga da realidade. Quando estou nos ensaios ou em apresentações não penso em nada além do balé, mas acredito que viver apenas como bailarina é difícil”, diz.


Durante os nove anos dançando, Marcella acredita que o balé colaborou tanto para manter seu físico, com para aprender a ter responsabilidades. Afinal, são quatro ensaios por semana de cinco horas e quando está em época de apresentações o número aumenta para seis vezes por semana, com ensaios que podem durar até oito horas.


“Não há férias para bailarina, por exemplo. Não podemos ficar mais de duas semanas paradas, pois enferrujamos e quando voltamos o corpo dói e perdemos o ritmo”, explica.


Já o sonho das amigas Fernanda Pinheiro Costa e Aylla Gomes, também do Balé da Cidade, é de continuar vivendo como bailarinas, seja dançando em grandes companhias ou ministrando aulas. “O balé está em primeiro lugar na minha vida”, revela Fernanda, que começou aos três anos, pois naquela época tinha peso elevado e de todas as atividades realizadas escolheu o balé para continuar praticando.


Para Aylla, a dança a ensinou muitas coisas, como ter disciplina, educação e responsabilidades, além da postura corporal. “Indico para todas as pessoas”, conta Aylla, também formada pela Escola de Balé de Santos, que pretende continuar estudando dança para se tornar professora.

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