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10 DE JULHO DE 2009

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Curiosos e agitados

Agitado, dorminhoco — dorme quase 16 horas por dia —, sensível e  curioso. São essas as características dos furões, mamíferos de estimação de corpo alongado, semelhantes às doninhas — são da mesma “família” —, e de origem estrangeira em sua versão doméstica — que também é conhecida como furão-americano (Mustela putorius).Não há dados específicos que […]

Por: Da Redação

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Agitado, dorminhoco — dorme quase 16 horas por dia —, sensível e  curioso. São essas as características dos furões, mamíferos de estimação de corpo alongado, semelhantes às doninhas — são da mesma “família” —, e de origem estrangeira em sua versão doméstica — que também é conhecida como furão-americano (Mustela putorius).



Não há dados específicos que detalhem o aumento no número de furões como bichos de estimação de brasileiros, embora uma reportagem publicada na revista estadunidense International Ferret, especializada nos exóticos bichinhos, destaque que o fenômeno teve início em 1998, com a maior incidência da “exportação” dos furões, estendendo-se até os dias atuais. Ainda assim, não é incomum a confusão entre o mamífero com ratos ou esquilos, embora sejam fisicamente diferentes.

Apesar de existirem espécies destes animais por aqui, especialmente em florestas,  eles são os chamados furões “selvagens”, conforme a International Ferret. Segundo a publicação, os domésticos são da família dos Mustelídeos, enquanto os brasileiros estão na família dos Galictis (tanto que o nome científico é Galictis vitata).

Uma mudança de percepção sobre esses animais, no entanto, tem ocorrido por dois motivos. Um deles é o maior destaque dado por lojas especializadas às atenções específicas desses animais. “Hoje, existem medicamentos e alimentos preparados especialmente para furões”, afirma a médica veterinária, Danieli Perez.

A outra questão que tem favorecido o acesso aos bichinhos é a queda do dólar, pois, conforme dados da publicação norte-americana, quase 100% dos furões domésticos que existem no Brasil vêm de fazendas dos Estados Unidos, trazidos com um microchip de segurança e castrados, para evitar procriação. Esta última imposição ocorre em razão da não-existência de predadores para esses animais, no que supostamente poderia trazer danos à cadeia alimentar.

Cuidados
Devido às características, especialmente a curiosidade e a agitação do furão, são necessários alguns cuidados quanto à segurança e preservação do bichinho, cuja expectativa de vida varia dos 3 aos 6 anos, podendo chegar aos 11.

“A recomendação é a de que eles sejam criados em grandes gaiolas, que tenham nela um canto coberto para dormir e espaço para andar. O fato deles serem  curiosos merece atenção redobrada. Conheci casos em que o furão acabou entrando no vaso sanitário de uma casa e não voltou mais. Daí a importância da precaução”, conta.

Quanto à higiene, o principal alerta é a não utilização de sabonetes, cuja função seja de reduzir a oleosidade do corpo. “Recomenda-se o sabonete neutro, que não altera a sua condição hormonal”, diz.
Já a alimentação deve ser cautelosa, devido à sensibilidade corpórea do animal. “Os furões são bastante sensíveis a alimentos com muita fibra, que podem desregular as glândulas adrenais e prejudicar a pelagem deles. Há alimentos específicos, compostos de muita proteína, que ajudam a manter estável os índices hormonais. Até por isso, não se pode nem pensar em dar restos de comida, como usualmente se faz com outros animais, para um furão”, salienta.

A domesticação do bichinho também deve ser atentada em suas companhias. Brincalhões, eles têm considerável propensão de arranjarem “problemas” com outros animais, principalmente cachorros. “Para que todos possam viver em harmonia, é necessário que ambos cresçam juntos para que se acostumem”, finaliza.

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