O câncer de mama é o primeiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O assunto tem sido discutido e retratado de diversas maneiras, como na novela “A Dona do Pedaço”, transmitida pela Rede Globo.
Gilda, personagem interpretada pela Heloísa Jorge, descobre que está com câncer de mama e que terá que fazer mastectomia (retirada da mama).
Muitas mulheres costumam ter dúvidas sobre a doença, cujos sintomas incluem nódulo na mama; mudanças na forma do mamilo e secreção com sangue pela mama.
Segundo estudos, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 95%.
Para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto, o Dr. André Mattar, médico mastologista do Laboratório Rocha Lima, listou alguns tópicos importantes sobre a doença:
Bate bola
– Filho (a) de mãe que já teve câncer de mama têm mais chances de desenvolver a doença
Essa questão é verdadeira principalmente se o parente afetado apresentar a doença antes da menopausa.
Os casos de câncer de mama hereditário são raros (cerca de 10% de todos os casos).
Desta maneira, a maioria dos casos não é familiar, e, portanto, todas as mulheres devem ficar atentas.
Quem possui histórico familiar de câncer de mama ou outros tipos de câncer deve ser melhor avaliado com um especialista no assunto.
– Apenas as mulheres tem câncer de mama
É raro encontrar homens que tiveram câncer de mama, tanto que eles correspondem apenas entre 0,5 a 1% dos casos.
Porém, segundo pesquisas feitas nos último 25 anos, foi constatado um aumento de aproximadamente 26% nas incidências do câncer de mama em homens.
– Mães depois dos 30 e menstruação precoce tem maior probabilidade de ter câncer de mama
As mulheres que estão dentro desse perfil ficam mais expostas aos hormônios estrogênio e progesterona, pois menstruam com mais frequência no decorrer da vida, por isso o risco é ligeiramente maior.
– Sutiã e desodorantes podem aumentar o risco de câncer de mama
Mito. Várias Fake News foram divulgadas dizendo que os desodorantes e até mesmo o sutiã podem ser os responsáveis pela doença.
Na verdade, não existe nenhum estudo adequado que comprove que isto é verdade.
– Amamentar colabora na prevenção da doença
A amamentação é claramente um fator protetor para o câncer de mama.
Especialmente por modificar a glândula mamária e torna-la mais diferenciada e estável.
O benefício da amamentação é variável pois depende de vários outros fatores de risco associados.
E mais…
– Mulheres com seios pequenos não correm o risco de ter câncer de mama
Não existe ligação em relação ao tamanho dos seios e o câncer de mama, são outros fatores que podem contribuir com o aparecimento da doença como o sedentarismo, obesidade, uso de hormônios e alimentação com alto índice de gordura.
– Silicone pode aumentar as chances de ter a doença
Outro boato infundado. Apesar de não aumentar o risco o implante pode atrapalhar o diagnóstico da doença, recomenda-se portanto, antes do procedimento, uma avaliação adequada com um especialista.
– Qualquer caroço na mama é um câncer
Muitos pensam que qualquer caroço na mama é sinal que a pessoa tem câncer, mas isso não é verdade.
Ele pode ser benigno ou maligno, mas isso só pode ser comprovado através de exames.