Entre muitos donos de pets e o público leigo, a castração de animais de estimação ainda soam como um tabu.
Sendo assim, o procedimento pode parecer covardia, como se os animais se submetessem à perda de um órgão tal como ocorreria no caso dos humanos.
Mas, há um consenso entre médicos veterinários sobre a importância da castração, e que merece ter um destaque. Ela afeta de forma positiva a própria saúde do animal.
Isso porque a incidência de câncer nos aparelhos reprodutivos dos doguinhos é significativamente maior e mais letal nesses pets.
“Para efeitos de comparação, a castração tem a mesma relevância que a extração de um órgão do ser humano que está tomado de células cancerígenas.
A retirada dos órgãos reprodutivos nos cães, portanto, aumenta de maneira considerável a saúde e o tempo de vida deles, visto que o risco de câncer na região diminui para uma chance mínima”, explica Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au!Happy, operadora de plano de saúde para pets pioneira no país.
Procedimento
Segundo ela, há algumas questões que merecem observação ao fazer a castração. A intervenção nos machos consiste na retirada dos testículos, ao passo que a cirurgia nas fêmeas é mais invasiva, pois é feita a retirada dos ovários.
A recomendação é que isso seja feito por volta dos 6 meses de idade, quando o cãozinho já tomou as vacinas pediátricas e ainda não iniciou seu ciclo de vida reprodutivo.
Vale ressaltar que o procedimento é simples e rápido, e tanto a cirurgia quanto a recuperação são indolores, uma vez que é feito uso de anestesia local.
“No período de recuperação, são recomendados anti-inflamatórios que devem ser aplicados pelo próprio dono ao longo de sete dias após a cirurgia.
Mas não há nenhum trauma ou reação adversa por parte do pet ao longo deste período nem depois da recuperação”, explica Simone.
De acordo com a executiva da Au!Happy, o que pode se alterar em decorrência da castração é o comportamento.
“Os testículos dos machos produzem testosterona, e como essa produção é interrompida, eles tendem a ficar mais calmos, menos agitados e agressivos.
Mas essa mudança comportamental é em decorrência da ausência dos hormônios, não por um trauma provocado pela cirurgia. A castração é recomendada, também por ser segura”, pontua.
Plano de saúde
Simone lembra que a castração não é gratuita, e que um bom plano de saúde animal deve atender a esse tipo de procedimento.
“Não são todos os municípios que oferecem a cirurgia gratuitamente. Por isso, vale a pena recorrer aos planos de saúde específicos para pets. Além de contemplar todas as vacinas e eventuais cirurgias necessárias, o dono também pode fazer a castração no animal em um dos médicos veterinários que fazem parte da rede de atendimento. É um conforto extra para quem faz questão de cercar o cachorro ou o gato de todos os cuidados”, conclui.