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06 DE MARÇO DE 2009

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Hospedeiros indesejáveis

O período quente e úmido que marca a atual época do ano é o mais efetivo para a proliferação dos parasitas responsáveis por muitas crianças, nessa etapa do ano, passem horas coçando a cabeça, de maneira até desesperada: os piolhos. Cientificamente conhecidos como Pediculus capitis, tratam-se dos responsáveis por uma das doenças mais irritantes e […]

Por: Da Redação

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O período quente e úmido que marca a atual época do ano é o mais efetivo para a proliferação dos parasitas responsáveis por muitas crianças, nessa etapa do ano, passem horas coçando a cabeça, de maneira até desesperada: os piolhos. Cientificamente conhecidos como Pediculus capitis, tratam-se dos responsáveis por uma das doenças mais irritantes e angustiantes, que é a pediculose. E vale o alerta: embora ela seja mais comum entre crianças de 4 a 12 anos, adultos não estão salvos.

O ‘diagnóstico’ da doença pode ser feito além da simples notabilização da coceira. O parasita é possível de ser visto no local onde está atuando, bem como seus ovos, as lêndeas. Além disso, no corpo, podem ser identificadas escoriações, manchas hemorrágicas e pigmentação.

A pediculose é a enfermidade mais frequente na faixa etária infantil e fica mais evidente no verão. Até por isso, uma boa observação aos comerciais televisivos mostra uma maior escala de comerciais sobre remédios específicos para a cura da doença — os pediculicidas —  especialmente nos primeiros dias de retorno às aulas por parte da criançada, até pelo já notabilizado fato do fácil contato entre a garotada.

Segundo a dermatologista Maria de Fátima Maklouf Amorim, essa contaminação ocorre com a utilização de roupas ou objetos pessoais que tenham sido usados por alguém que esteja com a enfermidade. “Eles (os piolhos) são insetos sem asas e visíveis, sendo também de transmissão muito fácil”, explica.

De acordo com a dermatologista, existem três tipos de piolho: os de cabeça, de púbis e de corpo, e, apesar da semelhança entre as formas de contágio, tratam-se de seres de diferentes espécies. “Os piolhos da cabeça transmitem-se por contato pessoal e pela partilha de pentes, escovas, chapéus e outros objetos de uso próprio. Os do corpo, por sua vez, não se transmitem tão facilmente com os anteriores, e costumam infestar àqueles cuja higiene é deficiente e as pessoas que vivem em espaços limitados ou em instituições muito lotadas, podendo transmitir doenças como o tifo, por exemplo. Os piolhos do púbis, por fim, infestam a zona genital e se transmitem durante as relações sexuais, caso não haja cuidado”, detalha.

A primeira vista, pode parecer que a pediculose é algo passageiro e sem maior gravidade, fora o incômodo. No entanto, Maria de Fátima alerta que uma das consequências da manutenção da enfermidade é o impetigo. Trata-se de uma infecção cutânea resultante do não-tratamento adequado de uma inflamação, e que pode aparecer ou não em forma de bolhas.

Cuidados e mitos
Incômodos sempre devem ser atentados e suas curas, buscadas, mas com atenção médica. No entanto, uma das ‘saídas’ encontradas por muitas mães no tratamento dos piolhos acaba sendo o uso de querosene para matar os parasitas. O que, segundo a dermatologista, é equivocado.
“Não se aconselha utilizar querosene pelo risco de se causar uma dermatite no contato da substância com a pele, além da possível irritação nos olhos. E, claro, não se pode esquecer que trata-se de um produto inflamável, o que já o torna perigoso”, explica.

O método mais recomendado para lidar com os piolhos é a utilização de um pente-fino após o banho da criança, para que as lêndeas possam ser retiradas. Aliado a isso, pode-se aplicar na região uma mistura de duas colheres de sopa de vinagre em um litro de água.

Todavia, no que diz respeito aos medicamentos, sempre se deve buscar auxílio médico, mesmo caso se esteja tendo resultado com o pente-fino.

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