Existem fatores que alavancam os riscos da patologia. O estresse emocional, ansiedade, tabagismo, colesterol e o histórico familiar são alguns deles. Porém, os principais vilões são o sedentarismo, a hipertensão e a diabetes
O infarto preocupa milhões de pessoas, principalmente porque, em diversas situações, pode acontecer sem dar muitos indícios. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é uma das principais causadoras de morte no mundo.
Cerca de 17 milhões de pessoas morrem por problemas cardíacos no planeta, sendo que sete milhões são vítimas de infarto. No Brasil, os números seguem a tendência e também são alarmantes. Segundo o Ministério da Saúde, 84 mil indivíduos falecem anualmente e este dado equivale a 45% de mortes de brasileiros acima de 45 anos.
A enfermidade acontece quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração são obstruídas por um coágulo. Esse quadro pode desencadear um ataque cardíaco, quando o fluxo de sangue que leva ao miocárdio (músculo cardíaco) é bloqueado por um período demasiado, fazendo com que o músculo seja danificado ou, até mesmo, pare de exercer sua função.
Existem fatores que alavancam os riscos da patologia. O estresse emocional, ansiedade, tabagismo, colesterol e o histórico familiar são alguns deles. Porém, os principais vilões são o sedentarismo, a hipertensão e a diabetes. Os sintomas típicos de infarto são o cansaço, sensação de desmaio, as dores no peito, no centro do tórax, muitas vezes erradiado para a mandíbula e para os braços. Os incômodos também podem surgir na parte alta do abdômen.
Médico especialista em cardiologia, Nelson Lopes dos Santos, enfatiza que a primeira hora do infarto é fundamental para uma posterior recuperação.“A partir do momento que a dor ocorre de forma contínua, acompanhada de suor, mal-estar como náusea e vômito, por exemplo, deve-se ficar em alerta e já procurar um médico”, ressalta o especialista.
Algumas pessoas, principalmente idosos, mulheres e diabéticos têm o transtorno de forma atípica, sem os sintomas bem configurados. Esses indivíduos pertecem ao grupo de risco, mais propício a desencadear a enfermidade. A partir dos 40 anos, as chances de infarto aumentam, portanto é essencial que sejam feitos exames corriqueiros para diagnosticar qualquer alteração que ocorra no organismo.
Lopes dos Santos também afirma que a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada diminuem as chances de infarto.
Como ajudar
Se você está com alguém que apresente os sintomas de infarto é fundamental a ida ao Pronto Socorro o quanto antes. Tranquilizar a vítima e não dar nada de comer ou beber ao indivíduo são os primeiros procedimentos a serem feitos.
Se a pessoa não estiver com dificuldades de engolir e não for alérgica, os médicos orientam a utilização de um comprimido aspirina, pois o mesmo ajuda no combate a coágulos sanguíneos.
Auxiliar o indivíduo a respirar profundamente e a tossir com frequência são outras dicas indicadas por especialistas. Nesta situação, não é recomendável que o paciente vá ao hospital dirigindo.