Um novo sistema implantado nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Santos está diminuindo o tempo de espera dos pacientes com casos de menor gravidade, que correspondem a mais de 70% dos atendimentos.
Sendo assim, denominada Fast Track, ou “corredor rápido”, a ferramenta teve teste como projeto-piloto.
Portanto, nos meses de novembro e dezembro de 2023, nas UPAs Central, Leste e Zona Noroeste. Os bons resultados tornaram o procedimento padrão na Cidade.
O sistema, que dá agilidade com a triagem e reordenação de fluxo de atendimento, acontece nos períodos de maior demanda das unidades, de segunda a sexta-feira, das 10h às 22h.
Da implantação do projeto até o início de dezembro, na UPA Central, o tempo médio de atendimento dos pacientes com menor gravidade (classificados como azul) passou de 59 para 19 minutos.
Na urgência (classificação amarela) reduziu de 19 para 9 minutos. O tempo médio de espera geral (abertura de ficha + atendimento) caiu de 48 para 18 minutos.
A redução do tempo também foi percebida nas demais unidades e sentida pelas equipes das UPAs.
Portanto, com a diminuição de pacientes que circulavam pelo local e liberação mais rápida de cadeiras nas áreas de espera.
Como funciona o novo sistema?
O fluxo de atendimento não teve modificação: o paciente pega a senha no totem.
Sendo assim, passa pela sala de classificação de risco e realiza-se a abertura da ficha de atendimento. A diferença segue a partir deste momento.
Desse modo, os casos classificados como azuis pelo Protocolo de Classificação de Risco, que não são urgentes, são direcionados para um clínico geral específico, em um consultório que conta também com um técnico de enfermagem, que faz as medicações via oral e intramuscular, além de entrega de receita médica, declarações e encaminhamentos, se necessário.
“Com o Fast Track, uma sala ficou especificamente para os atendimentos azuis (de menor complexidade). As medicações desses pacientes são realizadas ali mesmo, ele passa em consulta, é medicado e liberado”, diz a diretora técnica da UPA Central, Isabela Rossi.
“Mais de 70% das pessoas que vão às UPAs poderiam estar nos ambulatórios. Então, implantamos esse sistema, onde colocamos um médico específico para atender a esse tipo de consulta, o que permite que os outros médicos da unidade se concentrem nos casos mais graves, dando agilidade no atendimento. Isso deu mais fluidez e agilidade nas UPAs”, destaca o secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta.
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