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13 DE OUTUBRO DE 2020

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Estudo conclui que pandemia desencadeou crise global na saúde mental de mulheres

De acordo com a pesquisa 27% das mulheres relataram um aumento nos problemas ligados à saúde mental durante a pandemia da Covid-19

Por: Da Redação

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A pandemia do novo Coronavírus não representa uma ameaça somente para a saúde física, mas também interfere diretamente na saúde emocional, principalmente para as mulheres.

Isso é o que mostra uma pesquisa realizada pela Care International, agência humanitária global que entrevistou 10 mil pessoas em 40 países para descobrir quais são as repercussões da crise de saúde pública da Covid-19.

Segundo o estudo, 27% das mulheres relataram que tiveram um aumento nos problemas ligados à saúde mental nesse período, algo que ocorreu com apenas 10% dos homens.

Além disso, 55% das entrevistadas afirmou que a perda de renda foi um dos principais efeitos do Coronavírus, em comparação com 34% dos participantes do sexo masculino.

Outro dado bastante relevante alcançado pela pesquisa é que cerca de 41% das mulheres disseram que não tinham comida suficiente no período da pandemia, sendo que isso ocorreu com apenas 30% dos homens.

Devido a tudo isso, a maioria das participantes citou que as preocupações sobre a manutenção da renda, as dificuldades para se alimentar e ter acesso a cuidados de saúde e maiores responsabilidades foram os fatores que mais levaram a deterioração da saúde mental.

De acordo com os pesquisadores, os problemas de saúde mental que pessoas do sexo feminino estão enfrentando durante a crise da Covid-19 são responsáveis por provocar um aumento da ansiedade e dificuldades para dormir ou comer, o que as deixam incapazes de realizar suas tarefas diárias.

 

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Pesquisa mostra como a pandemia afetou, em especial, as mulheres. Foto: Pexels / Pixabay

Efeitos da pandemia no mundo

Dados divulgados pela Care International mostram que 16,7 milhões de trabalhadoras domésticas da América Latina estão enfrentando o dilema de escolher entre trabalhar durante a quarentena ou ficar em casa para cuidar da família.

Assim, o que torna mais difícil essa decisão é que cerca de 95% das crianças dessa região não estão na escola por conta da pandemia.

A partir disso, o aumento das responsabilidades de cuidado com os filhos afeta as mulheres de maneira desproporcional, pois as normas culturais patriarcais consideram que elas devem tomar conta das crianças.

Por sua vez, um relatório divulgado pelo Institute for Fiscal Studies (IFS) mostrou que o caos causado pela Covid-19 foi capaz de piorar as desigualdades de gênero relacionadas a saúde mental e também afetou o bem-estar das mulheres.

Segundo o IFS, pesquisadores descobriram que mulheres jovens estão mentalmente mais abaladas do que homens mais velhos e que a saúde mental de pessoas do sexo feminino entre 16 e 24 anos está 11% pior do que antes do período da crise.

Além disso, a Covid-19 fez com que mais de 7,2 milhões de pessoas estejam sofrendo com algum problema mental ou psicológico.

Angélica Collado, formada em Medicina e editora do site especializado Saudável e Forte, explica que é fundamental manter boas práticas de higiene e o isolamento durante a pandemia, porém, não se pode esquecer de cuidar da saúde emocional.

“Caso seja necessário, a recomendação é buscar pela ajuda de psicólogos, terapeutas ou psiquiatras para se manter bem durante esse período”, finaliza.

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