Sol, mar e calor. Nesta época do ano, muitas pessoas têm a praia como ambiente favorito para curtir o verão. O local propicia inúmeros momentos de lazer e também é ótimo para praticar uma atividade física, porém, devido ao contato direto da pele com a areia e a água, além da exposição ao sol, alguns incômodos podem surgir.
Micose
A micose é recorrente no verão. Isso se deve porque a umidade é a principal estimuladora para que os fungos se desenvolvam. Basta uma região do corpo mal enxuta para que o problema comece a aparecer. O principal sintoma é a coceira intensa.
A doença também pode ser chamada de pano branco, pois, em alguns casos, manchas brancas pelo corpo podem ser desencadeadas.
Se a micose na virilha, por exemplo, não for tratada, há o risco de infecções serem iniciadas nos orgãos do sistema reprodutor.
Bicho geográfico
Outra enfermidade comum neste período é o bicho geográfico. As fezes de cães e gatos são as principais vilãs para que um parasita fique na areia da praia e tenha contato com a pele humana. Com isso, o pé se torna o local mais vulnerável, mas o parasita pode atingir a mão e outras partes do corpo. A larva caminha deixando rastros que ficam parecidos com mapas, surgindo daí o nome da patologia. O sintoma é a coceira demasiada, parecido com o da micose.
O médico Ruy Duarte, responsável pelo Serviço de Dermatologia do Hospital Ana Costa, enfatiza que os cuidados após a ida à praia são fundamentais para não prolongar os incômodos. “Logo que sair da praia, a pessoa tem que se lavar e se secar bem. Essa é a melhor forma de prevenção”.
Nesta situação, recomenda-se que não levem animais às praias e que as pessoas não fiquem descalças na parte onde a areia é fofa. Também é necessário ter um maior cuidado com as crianças, pois elas brincam diretamente com a areia e as chances de infecções aumentam.
Candidíase
A candidíase, apesar de menor frequência em relação as outras doenças do gênero, também é associada à praia. A enfermidade atinge a virilha e causa irritação no local. É ocasionada pelo vírus Candida Albicans. A infecção surge geralmente quando o indivíduo não enxuga a região do corpo de forma correta.
“É uma micose oportunista, o chamado sapinho. Ela se desenvolve e fica agressiva a partir do momento em que a imunidade cai. Tanto oral, quanto vaginal”, explica o dermatologista.
Excesso no sol
Não são só os fungos que perturbam o bem-estar e o lazer dos frequentadores de praia. Muitas pessoas ainda não dão a devida importância ao protetor solar, não passando-o de forma correta e frequente. Essa situação implica em queimaduras e incômodos na pele do indivíduo.
Duarte afirma que esta medida equivocada de não se proteger do sol faz com que aconteça um efeito acumulativo de problemas. “Você tem o risco imediato, que é a queimadura solar, que eventualmente a pessoa pode ter insolação. Porém, o mais comum e quando a pessoa fica apenas vermelha. A longo prazo, você tem o envelhecimento precoce da pele, manchas, lesões pré-malignas e, o mais grave, o câncer”.
O dermatologista também comenta sobre as precauções que a pessoa deve ter para não prejudicar a saúde. “Adotar os horários corretos para tomar sol (evitar a praia do período entre às 11h até às 16h) e usar sempre protetor solar de qualidade são algumas dicas. Deve-se ter bom senso e não exagerar”.
Dores no ouvido
No tradicional banho de mar, devido a quantidade de água que pode entrar no ouvido, algumas pessoas sentem dores nesta região do corpo. Nesse caso, os principais sintomas são as dores intensas, inflamação e dores de cabeça. Deve-se, portanto, evitar que a água entre no ouvido. Se ocorrer, deve-se secá-lo imediatamente.