Quantas horas você costuma dormir diariamente?
Por que adolescentes dormem tanto?
Roncar faz bem ou mal à saúde?
Dúvidas que fazem parte do cotidiano e muitas vezes passam totalmente despercebidas.
Porém, tais questões foram esclarecidas pelo médico neurologista, Faustino Pacheco.
Além disso, ele é especialista em distúrbios do sono.
Faustino participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta terça (13).
Na oportunidade, ele relatou diversas questões relacionadas a um dos mais importantes atos do cotidiano das pessoas.
Isso, independente das classes sociais, credo, gênero ou raça.
Ou seja: o simples ato de dormir – que nem sempre é assim para muitas pessoas.
“Não existe tempo ideal de sono”, esclarece o profissional.
Ele relata que existem três grupos de ‘dormidores’.
Assim, os que têm um sono médio diário de 4 a 6 horas (curto); de 6 a 9 horas (médio) e de 9 a 12 horas (longo).
Além disso, o profissional também relatou que os pais não precisam entrar em desespero em razão da sonolência dos filhos, especialmente crianças e adolescentes.
“Eles precisam de 14 a 16 horas de sono”.
“Isso é natural, é fisiológico”, destaca.
Aliás, Faustino considera um absurdo as aulas iniciarem às 7 horas nas escolas.
“Só o corpo do aluno está presente”, discorre.
“Na verdade, o professor está falando, mas ele está dormindo na cadeira”, enfatiza.
Remédios = drogas
Não bastasse, o médico também refutou o uso de medicamentos e bebidas para induzir o sono.
“Qualquer remédio é uma droga. Quem tem insônia, precisa saber antes qual o gatilho que proporcionou o problema”, diz.
Ou seja, a pessoa deve verificar antes as aflições que a atingem.
Aliás, podem ser a perda do emprego, relacionamento.
Ou dívidas, mortes de familiares, entre outros tópicos.
Além disso, ele defende que a pessoa deva fazer terapias e relaxamento antes de chegar ao uso de medicamentos para poder dormir.
“O uso de hipnóticos só em último caso e após estas tentativas. E mesmo assim, remédios de tiro curto, que não criem dependências”, salienta.
“Ele deve escutar o paciente, trocar ideias, conhecer melhor quem ele está atendendo”, enfatizou durante a entrevista.
Na entrevista, Pacheco contou diversos ‘causos’ interessantes de pacientes que enfrentam problemas com o sono.
Covid
Pacheco também explicou que sua clínica registrou um aumento expressivo de pacientes que tiveram a Covid-19 e passaram a enfrentar problemas com o sono.
“A frequência cresceu muito. Este vírus provoca esquecimento, dor de cabeça, insônia, afetando o cérebro”, salienta.
Não bastasse, ele também falou sobre os sonhos, formados por quatro fases.
“O homem é um sonhador. É uma forma de descarregar as toxinas”, enfatiza.
Dessa forma, ele lembra que o sonho está tão presente na humanidade, que até a Bíblia o cita em vários momentos.
Além disso, os mais lembrados ao acordar são aqueles que surgem na fase final do REM – Rapid Eye Moviment.
Por sua vez, o médico também falou sobre o uso de equipamentos para melhorar o sono, como o Cepap, para pacientes com apneia.
Assim, o próprio Pacheco, que teve problemas com a doença, relata os riscos decorrentes dela.
“Ela pode até matar”, explica.