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Foto: Divulgação/ EBC

Saúde

16 DE DEZEMBRO DE 2022

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Saiba os riscos do cigarro eletrônico

Estudo revela novos malefícios para quem usa o equipamento

Por: Carla Nascimento

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Estudo recente sobre o uso do cigarro eletrônico, publicado no The Journal of the American Dental Association, concluiu que o uso desse equipamento oferece maior risco de cáries aos fumantes.

Conforme o estudo, cerca de 79% dos pacientes que fizeram uso dos vapes eletrônicos tinham um alto risco de cárie. Em comparação com 60% do grupo de pessoas não fumantes.

O cirurgião dentista Khalyl Kirsten explica que os cigarros eletrônicos, os famosos vapes, além das cáries, causam também outros malefícios à saúde. “O cigarro eletrônico pode causar cáries, entre outros problemas. O mais grave é o câncer bucal. Câncer de esôfago também, por mudança de temperatura, aquecimento da região dos lábios, da boca, da laringe e da traqueia”, acrescenta.

Também outra questão é o líquido colocado para fazer a fumaça, com cheiros de maçãs, adocicados, e outros temperos. Portanto, existem diversos produtos que podem se colocar para tragar. Não bastasse, Kirsten cita que os vapes podem diminuir a fabricação da saliva.

“Quando ocorre qualquer problema entre eles, esse tipo de cigarro acaba afetando a funcionalidade dessas glândulas, diminuindo a secreção da saliva, fazendo com que a função principal dela, que é lavar a boca, deixe de existir ou diminua”.

E isso vai trazer algumas consequências, entre tantas outras, a presença de cárie e formação dela em razão da não higienização correta da boca pela saliva.

Khalyl Kirsten também esclarece que em estudos ingleses o uso do Vapes também se deu pelos Pubs.

Portanto, local onde os jovens, além de beber e socializar, acabam usando os cigarros eletrônicos como instrumento de socialização e que por muitas vezes acabam dividindo a peça. Desta forma, isso abre portas para outras doenças.

 

Vício comportamental

Segundo a psicóloga Mariângela Fortes, os jovens e adolescentes procuram se diferenciar de seus pais, assim como eles fizeram o mesmo com os seus.

Dessa forma, em sua grande maioria, amam andar em turmas e pertencer a elas. Eles se atraem por “modinhas” para ter a sensação de pertencimento à turma. Dessa forma, depois de viciados na nicotina, uma porcentagem consegue sair e outra permanece no uso constante do produto viciante.

“O cigarro eletrônico contém um cartucho que armazena nicotina líquida, água, substâncias aromatizantes e solventes, como glicerina e propilenoglicol. De acordo com o Ministério da Saúde, toda e qualquer forma de nicotina vicia e todos nós sabemos disso porque é amplamente divulgado a dependência da nicotina. Aliás, ela se assemelha a dependência da cocaína”, explica a profissional.

Existem várias dependências no vício e a emocional comportamental são algumas delas. Desta forma, Mariângela esclarece o que deve ser feito: “Se a pessoa já tentou e não conseguiu, deve procurar ajuda profissional para isso. Os profissionais têm instrumentos que serão de grande auxílio nesse momento, mas sempre partindo do desejo firme da pessoa querer largar o vício, seja ele qual for”.

 

Risco à saúde

Conforme estudos do Instituto Nacional do Câncer (INCA), além de não ser seguro, o cigarro eletrônico possui substâncias tóxicas.

Dessa forma, podendo causar doenças respiratórias, como o enfisema pulmonar e a bronquite crônica, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer.

Uma das toxinas em questão é a nicotina líquida, droga de alto poder viciante. Além de aumentar em três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional entre pessoas que nunca fumaram, ela é um enorme prejuízo do sistema cardiovascular, o que explica o número elevado de mortes por doenças do coração entre jovens.

 

Anvisa

Segundo nota no site da Anvisa, “Todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos pela Anvisa, conforme resolução RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. A proibição inclui a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar”.

 

Confira também a entrevista completa do Dr. Khalyl Kirsten:

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