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13 DE MARÇO DE 2009

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Saída contra a obesidade

Reportagens divulgadas pela mídia (inclusive a internacional) nos últimos anos apontaram que o Brasil apresenta um quadro crescente de número de obesos. De fato, de acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 70 milhões de pessoas no País estão acima do peso, sendo 18 milhões consideradas em estado mais crítico. Por […]

Por: Da Redação

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Reportagens divulgadas pela mídia (inclusive a internacional) nos últimos anos apontaram que o Brasil apresenta um quadro crescente de número de obesos. De fato, de acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 70 milhões de pessoas no País estão acima do peso, sendo 18 milhões consideradas em estado mais crítico.



Por razões medicinais ou estéticas, visando evitar maiores complicações como a obesidade mórbida, por exemplo, há a busca pela cirurgia bariátrica, conhecida operação para redução de estômago.
Segundo o médico Joaquim Alves Guimarães Neto, a cirurgia visa diminuir a absorção do estômago, por meio da derivação do intestino. É como se fosse feito um ‘atalho’ para que parte do alimento pudesse ser consumida sem necessariamente passar pela região a ser operada.

“O estômago é um órgão elástico, que tende a dilatar quando trabalha muito. Com a cirurgia, ele tende a ser menos acionado e, com isso, a reduzir e ficar em um tamanho mais ‘adequado’, por assim dizer”, explica.

Embora  haja procura para a realização da operação visando uma melhora estética, a recomendação primordial é a de que ela seja realizada somente em caso médico, com a devida recomendação. “É uma operação de risco. Apesar de a ciência ter evoluído, vale o alerta para que a pessoa faça esta operação se for por uma questão de saúde”, avisa.

Outro motivo também deve-se ao custo médio de uma cirurgia do gênero, que gira em torno de R$ 25 mil. De acordo com Guimarães Neto, todavia, há a possibilidade de que os convênios médicos, caso assegurado por prescrição médica, custeiem as despesas. “Os médicos recomendam que a cirurgia bariátrica seja feita para aqueles com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40”. Vale lembrar que o IMC é medido pela divisão da massa da pessoa pelo quadrado de sua altura.

Esse tipo de cirurgia surgiu nos anos 50, mas ganhou notoriedade na década de 80, quando passou a ser considerada mais segura. Hoje, a procura tem aumentado de maneira substancial. Em Santos, no Grupo de Apoio ao Paciente Obeso (GAPO), por exemplo, a média de operações é de quatro por semana.

No entanto, é em Piracicaba que está localizado o principal pólo do Estado, segundo o educador físico e especialista associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Sandro Roberto Santos Ribeiro.

De acordo com o profissional, a cidade do interior chega a atender 15 pacientes por semana. “Para se ter uma idéia, o Sistema Único de Saúde (SUS) está com uma fila de dois anos de espera”, revela.

Há a recomendação, ainda, que, após a operação, o paciente receba um acompanhamento de, no mínimo, um ano, com uma equipe multidisciplinar de profissionais, visando impedir um novo caso de obesidade. De forma geral, atuam nesse período um psicólogo, um nutricionista, um fisioterapeuta e um educador físico. “O percentual daqueles que, por alguma razão, não fazem o acompanhamento, e acabam atingindo novamente um índice crítico de obesidade, chega a ultrapassar 50%”, destaca.

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