A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) veio a público novamente na terça-feira (16) reiterar, em nota, que não há evidências científicas consistentes e reconhecidas na literatura médica quanto ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de sinais e sintomas de Covid-19 em crianças e adolescentes.
O alerta veio um dia após o Ministério da Saúde informar que ampliará as orientações de uso do medicamento para o tratamento precoce dessa doença em dois perfis de pacientes: crianças e gestantes.
De acordo com a nota, a ausência dessas evidências sólidas impede o uso seguro dessas drogas, seja por que não há confirmação sobre seus efeitos terapêuticos positivos contra a Covid-19, seja por que ainda não foram mensurados com exatidão seus possíveis efeitos colaterais.
A presidente da SBP, dra. Luciana Rodrigues Silva, disse que a posição adotada pela instituição dialoga com a da FDA (Food and Drug Administration, em inglês), agência que atua como a Anvisa nos Estados Unidos. Além disso, também na segunda-feira (15), ela revogou a permissão concedida em 28 de março para uso cloroquina e hidroxicloroquina em tratamento de pacientes com Covid-19. Assim, o órgão regulador americano declarou que “não é mais razoável acreditar que as formulações orais de hidroxicloroquina e de cloroquina possam ser eficazes”.