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03 DE JUNHO DE 2011

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Silencioso, glaucoma afeta mais de 60 milhões de pessoas, mas pode ser controlado

De forma silenciosa e às vezes invisível, o glaucoma é, atualmente, a segunda maior causa de cegueira no mundo , conforme estudo publicado nos Estados Unidos — e a principal razão para cegueira irreversível, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é de que entre 60 e 70 milhões de pessoas […]

Por: Da Redação

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De forma silenciosa e às vezes invisível, o glaucoma é, atualmente, a segunda maior causa de cegueira no mundo , conforme estudo publicado nos Estados Unidos — e a principal razão para cegueira irreversível, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é de que entre 60 e 70 milhões de pessoas no planeta tenham a enfermidade, e que, nos próximos nove anos, esse número supere os 80 milhões. No Brasil, estima-se que até 2% da população seja portadora — cerca de 3,8 milhões de pessoas.


O glaucoma consiste no aumento da pressão intraocular, na maioria das vezes, pela existência de um bloqueio do líquido que flui no interior do olho, o humor  aquoso. Conforme o especialista Leôncio de Souza Queiroz Neto, do Instituto Penido Bournier, em artigo no site Saúde e Vida Online, no caso do chamado glaucoma de ângulo aberto — mais frequente — a pressão atinge o nervo óptico, que leva a informação visual ao cérebro. Quanto maior a pressão, maiores os efeitos nas células, que, se morrerem, podem causar a perda completa da visão.


Já o glaucoma de ângulo fechado, menos comum, se dá quando há um aumento súbito de pressão intraocular, em casos onde o espaço entre a córnea e a íris é mais estreito. Esta última, caso a pupila se dilate, pode bloquear o humor aquoso. Ainda não há cura para a doença, mas a detecção, o quanto antes, de seus efeitos pode permitir ao portador ter maior controle sobre a enfermidade.


Tratamento


Dependendo do grau de periculosidade do glaucoma, pode-se fazer um tratamento à base de colírios (quando a intensidade ainda é menor), visando reduzir a pressão intraocular. Por intermédio do laser, há duas possibilidades: a trabeculopastia e a iridotomia.


A primeira, conforme especialistas do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), é voltada principalmente aos portadores de glaucoma de ângulo aberto, e consiste na aplicação de um laser de argônio, que possa alargar as malhas que retém o humor aquoso. Já a iridotomia é dirigida a quem tem o glaucoma de ângulo fechado, com o laser dirigido à íris.


Existem também procedimentos cirúrgicos, sendo mais comum a trabulectomia, onde se retira um fragmento da malha da parte superior do olho para que o líquido produzido seja melhor absorvido.


Previna-se
Você está na faixa de risco do glaucoma? Saiba quais as pessoas com probabilidade maior de ser portador da doença. Caso se enquadre nas descrições, fique atento e procure seu oftalmologista.


Pessoas acima dos 40 anos de idade Especialistas indicam que o risco de glaucoma aumenta conforme a idade avança. O que reforça a expectativa de que, com o envelhecimento da população, o mundo atinja 80 milhões de portadores da doença em 2020.


Descendência negra Conforme os estudos, a tendência é a de se desenvolver glaucoma em idade inferior à média e probabilidade de ser afetado é quatro vezes maior que em relação aos descendentes de brancos.


Miopia elevada Pessoas que utilizam lentes acima dos seis graus têm maior risco de contrair a doença, indicam os estudos.


Diabéticos Estudo do setor de oftalmologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que o glaucoma neovascular, causado pela retinoplatia diabética (quando a doença é mal controlada), cegou 95% de seus portadores.


Outros cuidados Também estão em estado de atenção pessoas que apresentam lesões ou traumas oculares, fazem uso prolongado de corticóides ou estão com a pressão intraocular elevada.

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