Tosse persistente com ou sem secreção há pelo menos 3 semanas?
Pode ser tuberculose!
A segunda-feira (24 de março) será marcada pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que segue em circulação, mas tem cura.
E Santos, que oferece o diagnóstico e o tratamento, não poderia ficar de fora do alerta contra a doença
Toda pessoa que está com aquela tosse que não para há pelo menos 21 dias pode procurar a policlínica de referência da sua moradia (https://www.santos.sp.gov.br/?q=servico/enderecos-das-unidades) e conversar com a equipe de enfermagem.
O teste do escarro é oferecido pela enfermagem com critério clínico, a partir da avaliação dos sinais e sintomas do paciente.
Não precisa agendamento de consulta com médico.
A amostra irá para análise laboratorial, a fim de identificar se há presença do Bacilo de Koch.
Trata-se do microorganismo responsável por causar a tuberculose.
Com o diagnóstico da doença, o tratamento inicia imediatamente, com oferta de medicação.
Trata-se de um tratamento longo, de seis meses de duração, mas que deve ser seguido à risca.
Afinal, caso o paciente abandone o tratamento antes do período mínimo e sem um novo exame que comprove a cura, a reincidência da doença é praticamente certa e mais resistente à medicação.
Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.
Casos
Em 2024, Santos registrou 458 casos de tuberculose, sendo 363 casos em pessoas que nunca tiveram a doença e 95 reincidências.
Neste ano, são 75 casos, sendo 58 novos e 17 reincidências.
“A tuberculose é um desafio de saúde pública em todo o Brasil. Por vezes, as pessoas abandonam o tratamento por sentir melhora no sintoma. Mas não significa que estejam curadas. Na rede municipal de saúde de Santos, fazemos busca ativa dos pacientes quando deixam de tomar a medicação na policlínica”, destaca Fábio Lopez, secretário de Saúde.
Características
Febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite são outros sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.
O sintoma mais característico é a tosse frequente há três semanas ou mais.
A tuberculose pulmonar é a mais comum e altamente transmissível pelas gotículas expelidas na tosse, fala ou espirro da pessoa infectada.
As gotículas ou aerossóis que geram a contaminação contêm os bacilos causadores da doença e podem permanecer suspensos no ar por várias horas, o que facilita a transmissão.
Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa contaminada pode infectar de dez a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um ano.
O risco de transmissão ocorre enquanto o paciente ainda elimina bacilos no escarro.
Com o início do tratamento, a disseminação tende a diminuir gradativamente.
Os imunossuprimidos são mais vulneráveis à infecção.
Como prevenir
Assim, deve-se manter os ambientes arejados.
Isso porque o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes.
Assim, pessoas com suspeita de contaminação ou caso confirmado da doença devem usar máscaras até que o exame indique que o paciente não possui risco de transmissão.
Confira as notícias do Boqnews no Google News e fique bem informado.