A campanha de vacinação da rede pública de saúde contra a gripe começa no próximo sábado (30). A procura pela imunização, no entanto, começou em meados de março, após a divulgação de mortes no Estado de São Paulo por conta da H1N1.
A vacinação gratuita, porém, é destinada apenas a grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade. Todavia, quem busca o medicamento em clínicas particulares da Baixada Santista não está tendo sucesso, pois a demanda elevada de interessados em tomar a vacina tem dificultando o acesso à mesma — longas filas em frente aos estabelecimentos e falta da vacina são os motivos relatados.
Estar protegido anualmente é importante para todos, segundo o chefe do Serviço de Infectologia e do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Ana Costa, Evaldo Stanislau. “Algumas pessoas acham que a vacina causa a gripe, mas isso não é verdade. Ela serve para fazer com que a pessoa tenha menos gripe. O objetivo é reduzir as complicações e o número de mortes”, explica. Vale salientar que o seu efeito não é instantâneo, pois o indivíduo só ficará protegido de duas a quatro semanas depois.
Entendendo a H1N1
Ao ler e/ou ouvir falar no vírus influenza H1N1, muitos já ficam extremamente preocupados. Entretanto, Stanislau explica que este vírus causa exatamente os mesmos sintomas de uma gripe comum: febre, dor no corpo, coriza, dor na cabeça e na garganta. A única diferença, de acordo com o médico, é que o H1N1 tem uma capacidade de disseminação alta, diferente de outros vírus, por isso é importante tomar alguns cuidados no dia a dia para evitar a propagação da doença (ver quadro).
“Recomendo que a pessoa com sintomas de gripe não vá trabalhar, pois a capacidade de propagação do vírus é bastante alta”, salienta Stanislau. Esta recomendação também serve às crianças e, principalmente, aos profissionais de saúde.