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01 DE ABRIL DE 2011

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Viver de verde?

Com a melhoria na qualidade de vida, as pessoas buscam alternativas mais saudáveis e em equilíbrio com o meio ambiente. Uma delas é a mudança dos hábitos alimentares. Segundo pesquisa mais recente realizada pelo Instituto Ipsos, em 2005, cerca de 28% dos brasileiros buscavam opções para comer menos carne. De acordo com o Instituto, na […]

Por: Da Redação

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Com a melhoria na qualidade de vida, as pessoas buscam alternativas mais saudáveis e em equilíbrio com o meio ambiente. Uma delas é a mudança dos hábitos alimentares. Segundo pesquisa mais recente realizada pelo Instituto Ipsos, em 2005, cerca de 28% dos brasileiros buscavam opções para comer menos carne.


De acordo com o Instituto, na época, este era o segundo maior índice mundial, ficando atrás apenas do registrado nos Estados Unidos, o que mostra um paradoxo, pois é onde se encontram os maiores índices de obesidade do mundo. O índice brasileiro, segundo pesquisa, ficou próximo ao canadense e maior que o britânico.


Opção
O designer Victor Carvalho, 23 anos, decidiu parar de comer carne há, aproximadamente, quatro anos, após questionar-se sobre a alimentação humana. “Fui pesquisar a respeito e descobri um mundo alternativo que me mostrou outros alimentos não carnívoros”, conta. A decisão foi tomada, segundo ele, por respeito aos animais. “Não me tornei vegetariano pela saúde. Isso é somente uma conseqüência de uma vida em harmonia com os seres vivos. Os animais não escolheram ser assassinados cruelmente para estar no prato de alguém”, afirma.


Hoje, Carvalho se enquadra nos chamados ovo-lacto-vegetarianos, uma categoria do vegetarianismo, onde se come, além de produtos vegetais, também ovos, leite e seus derivados, como queijo e massas. “Espero um dia parar com o ovo e o leite”, ressalta.


Qualidade de Vida
O designer afirma que sentiu melhora em sua condição de saúde. “Sinto-me bem melhor do que quando comia carne. Os testes de sangue sempre saem com os melhores resultados”, conta. Segundo ele, a principal mudança foi a da consciência perante a indústria alimentícia. “Quando se consome carne, o sistema digestivo fica pesado e lento. Além disso, os animais tratados na indústria são contaminados com vários tipos de remédios, passados ao homem na digestão. Isso tudo contribui para uma saúde frágil e uma vida curta”, alerta.


Victor afirma que não há mistério em seu cardápio alimentar. “Como a mesma comida que outras pessoas não-vegetarianas comem, somente troco a mistura por derivados de vegetais, como carne de soja, por exemplo. Também não tempero os grãos com derivados de animais, como, por exemplo, temperos prontos em sachês que venham com carne desidratada em pó”, conclui.


Mais radical
Assim como  o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,  a tradutora formada em Letras e analista de TI, Mariana Zambon Ferreira, 28 anos, também se considera uma pessoa vegan. Os vegans, ou veganos, (veja quadro) são considerados mais radicais em relação à alimentação, pois não se alimentam e nem se utilizam de qualquer produto que possa ter vindo do sofrimento de um animal, inclusive cosméticos à base de leite, como hidratantes.


Mariana diz que decidiu ser vegetariana aos 16 anos. Assim como Victor, ela decidiu parar de comer carne pelos mesmos motivos ideológicos. “Não concordo com a maneira como tratamos os animais. Acredito que eles têm tantos direitos como nós no planeta”, afirma. “Além disso, nós somos o que comemos, e eu não gosto da ideia de me alimentar do sofrimento de outro animal”, relata.


O veganismo, segundo Mariana, vai além de uma escolha alimentar. “Comecei com essa forma mais radical há mais ou menos dois anos. Tem sido  difícil, mas é um gesto que compensa para minha alma e para o mundo”, diz.


Nutrição
Ambos entrevistados consultaram algum tempo depois um médico nutricionista. “Cerca de quatro anos depois, fiz um tratamento de reeducação alimentar, no qual a nutricionista que me acompanhava sempre sugeria cardápios ricos em proteína vegetal, como feijão e grão de bico. Tudo muito saboroso!”, afirma Mariana.


De acordo com a nutricionista Andrezza Botelho é fundamental a procura de um especialista para que o corpo não fique carente de vitaminas e proteínas essenciais. “Os alimentos fontes de proteína animal (carnes, ovos e leites) são ricos em vitamina B12, principalmente. Dependendo do tipo de vegetarianismo que a pessoa opta por seguir, é importante que alguns nutrientes sejam suplementados, principalmente a vitamina B12”, alerta.

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