A semana que parecia tranquila em razão do feriado prolongado foi tão explosiva na política nacional a ponto de fazer corar o ditador norte-coreano Kim Jong-un.
Semana quente II
Assuntos não faltaram: o vazamento do áudio que não estava no script dos irmãos Batista, da JBS, o desdobramento da Lava-Jato com a operação Unfair Play envolvendo o presidente do COB – Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, além do encontro de R$ 51 milhões em cédulas que pertencem ao ex-ministro todo-poderoso Geddel Vieira Lima. Sem contar com a apresentação de denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Gangorra
O vazamento do áudio dos irmãos Batista, da JBS, que deverão ter a pena de delação premiada revista, beneficia o presidente Michel Temer, alvo do procurador geral, Rodrigo Janot, em final de mandato. Ele, por sua vez, sairá enfraquecido por ter acreditado na fragilidade das promessas dos irmãos de e da carne, que selecionaram apenas o que queriam falar, conforme fica comprovado nos áudios.
Trabalhando com o inimigo
Após defender publicamente seu ex-braço-direito, o ex-procurador da PGR, Marcelo Miller, em maio, Janot, visivelmente constrangido durante a entrevista coletiva, teve que reconhecer erros na forma como ocorreu a negociação da delação premiada. Nos áudios vazados, fica claro o envolvimento do ex-procurador Miller com os empresários durante o período que esteve à frente do cargo e depois se tornou sócio de um escritório de advocacia que defendeu a JBS.
Risco
Espera-se, porém, que a despeito da trapalhada, ingenuidade, burrice, má-fé ou qualquer outro termo que se dê, as provas ora apresentadas – e comprovadas – contra os acusados na Operação Lava-Jato até agora não tenham o mesmo fim de outras ações, como a Castelo de Areia e a Satiagraha, cujos conteúdos foram destruídos em razão da anulação dos mesmos pela Justiça.
De volta ao jogo
O ex-deputado do Parlamento Jovem Paulista, João Matheus (ex-DEM), 24 anos, está à frente da presidência santista do PMN, partido que teve tempos áureos nos anos 90, tendo uma das maiores bancadas na Câmara, além de contar com o cargo de vice, ocupado durante a gestão do ex-prefeito David Capistrano (1993 – 1996) pelo comerciante Carlos Lamberti, ambos já falecidos. Um ex-vereador, que recentemente se desfiliou da agremiação a qual concorreu em 2016, está em tratativas para aderir à legenda.
Pedindo bis
Com pretensões de ser candidato novamente a deputado estadual em 2018, o ex-vereador vicentino Nicolino Bozzella Junior tinha a intenção de ficar à frente da superintendência estadual da Fundação Nacional de Saúde – Funasa até abril do próximo ano, quando se descompatibilizaria da função pública, conforme exigência legal. Em 14 de julho, ele foi exonerado do cargo, menos de um mês após sua nomeação. Foi reintegrado dias depois, mas voltou a ser exonerado do cargo na última quarta (6).
Gestão das praias
A pedido do vereador, Ademir Pestana (PSDB), a Câmara realiza na quarta (13), às 15 horas, audiência pública para discutir a gestão das praias de Santos, recém transferidas ao Município. O gestor das praias e vereador licenciado, Sadao Nakai, fará a explanação sobre o tema.
Quem responde?
Será..
que os irmãos Batista, da JBS, permanecerão imunes e impunes depois das gravações estapafúrdias encaminhadas à Procuradoria Geral da República?
Deixe um comentário