– Tráfego congestionado no sentido Guarujá, devido ao excesso de veículos comerciais no acesso aos terminais na rua do Adubo (a respeito da Rodovia Cônego Domênico Rangoni).
– Tráfego lento na chegada a São Paulo e/ou ao litoral.(Via Anchieta).
Tais informações são as mais frequentes no site da Ecovias nos últimos dias. Não há horário em especial. As malfadadas frases resumem bem o cenário caótico que tem provocado transtornos às milhares de pessoas que passam diariamente por Cubatão rumo ao Planalto pela Via Anchieta e vice-versa, com destinos diversos para as cidades da região.
A origem do problema é conhecida, mas os remédios para solucioná-los são paliativos. Responsável por 1/4 de toda a movimentação de cargas no País, via exportação ou importação, o Porto de Santos vem batendo sucessivos recordes. E isso se reflete no cotidiano das cidades.
Em 2012, foram movimentadas 104,5 milhões de toneladas, 7,6% acima que em 2012 mesmo em um cenário internacional nem tanto animador em razão da crise financeira europeia. A movimentação de milho (+ 119,4%) e da soja (+ 14,8%) contribuíram para o feito. Neste rumo, a expectativa é que até a movimentação no cais santista chegue a 109 milhões de toneladas em 2013.
Mais cargas representam maior movimentação nos terminais, em franca expansão. Como nossa estrutura modal foi construída com base nas rodovias, temos um problema contínuo – e que se agravará com a chegada das safras de outros produtos agrícolas, fato que ocorrerá até outubro. De toda a movimentação de cargas para exportação ou importação, 63% são feitas por caminhões e 25% por ferrovias. Com mais veículos comerciais nas estradas, falta de áreas para armazenagem dos produtos, o nó no sistema viário é inevitável.
A situação é crônica e quaisquer iniciativas de obras emergenciais são paliativas, mas, sem dúvidas, algo precisa ser feito com urgência. Com a alta da safra agrícola, os produtos são literalmente despachados para o cais santista pelos exportadores, que querem se livrar do problema, transformando os caminhões em silos ambulantes.
Já os caminhoneiros, vítimas deste processo, se deparam diariamente com tais cenas, presenciando situações desagradáveis como a falta de locais para estacionamentos e estrutura. E os terminais portuários não têm espaço físico suficiente para atender a demanda crescente.
Promessas de obras, especialmente no trevo de Cubatão, estão agendadas, mas devem sair do papel apenas a longo prazo. As necessidades, porém, são prementes. Novas áreas para estacionamento de caminhões são prioritárias para evitar os deslocamentos desnecessários pelas estradas até a hora do embarque ou desembarque da carga. Para tal, há a necessidade de uma integração real entre os terminais portuários, exportadores, autoridade portuária e órgãos públicos, objetivo prioritário do CAP – Conselho da Autoridade Portuária na atualidade.
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