Santos tem no turismo uma das forças de sua economia. A Cidade oferece uma gama de atrativos, que atraem os mais variados públicos, especialmente da Capital, Grande São Paulo e interior, que a procuram em busca de descanso ou a negócios.
No entanto, há um universo de turistas que também poderiam ser atraídos por uma questão rotineira, mas pouca explorada: os eventos culturais e esportivos que aqui ocorrem. Há anos, a Cidade abriga atividades de porte, atraindo grupos nacionais e estrangeiros, como o caso do Mirada, que durante 11 dias reuniu 400 artistas do Brasil e do exterior, além de diretores, produtores e imprensa, graças à bela iniciativa do Sesc, um dos principais alicerces culturais do Município.
O evento ocorre a cada dois anos e é intercalado com a Bienal de Dança. O início da organização ocorre um ano antes da sua realização, como explica o coordenador de programação do Sesc, Luis Fernando Silva.
Encerrado o Mirada, a Cidade passou a abrigar o 10º Curta Santos, reunindo atores, atrizes, produtores e cinéfilos em um evento que tem ganhado cada vez mais dimensão. Neste domingo (21), após duas etapas na USP, a Cidade volta a sediar mais uma fase do Troféu Brasil de Triathlon. Ufa!
Sem contar outras atividades já realizadas este ano, como a Tarrafa Cultural, o Santos Jazz Festival, o Festival de Cenas Teatrais e o Festival Santista de Teatro Amador, o mais antigo do gênero em atividade no País. Poucas cidades não capitais brasileiras contam com um leque tão rico de atividades culturais e esportivas.
No entanto, percebe-se a ausência de uma agenda ou um calendário entre promotores de eventos e o Poder Público para divulgar turisticamente todas estas atividades. Ao conhecer com antecedência as datas, é possível criar mecanismos para atrair turistas. Paraty faz sucesso com sua Flip graças à divulgação, assim como Gramado com seu festival de cinema.
A rede hoteleira tem ampliado o número de leitos, um antigo calcanhar de Aquiles do turismo local. Hoje, Santos tem 4.663 leitos em 20 hotéis e três flats. Até 2015, serão mais 1.508.
Se houver organização e comunicação entre os promotores, rede hoteleira, agências de turismo, sob a batuta do Poder Público, será mais fácil a criação desta agenda para divulgar os eventos e os atrativos oferecidos pela Cidade com antecedência.
Aliás, tal agenda poderia ser ampliada para os demais municípios da Baixada Santista. Neste sentido, a Agência Metropolitana deveria agregar tais informações para divulgação sob a ótica regional, seja por meio das assessorias de Imprensa ou na criação de uma agência de notícias para divulgar a Baixada Santista à mídia. O cenário é promissor. Basta saber aumentar a potencialidade hoje existente unindo esforços que estão isolados na atualidade.
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