Em um cenário de incertezas, o trabalhador brasileiro tem se voltado cada vez mais para soluções capazes de substituir ou complementar a previdência social.
É por isso que a Previdência Privada precisa ser melhor compreendida.
Existem diferentes tipos de planos de previdência para quem pretende se preparar para aposentadoria.
Saber diferenciá-los é importante para que a escolha seja adequada.
Basicamente, essa diferença se dá em relação aos tipos de planos e as possibilidades que cada um deles apresenta.

Previdência privada é alternativa em relação à Previdência social para garantir um futuro mais tranquilo. Foto: Divulgação
Planos abertos e fechados
Em relação ao tipo, os planos podem ser abertos ou fechados.
Planos abertos são produtos criados por instituições financeiras para o público em geral.
Eles se dividem entre PGBL e VGBL.
Os planos fechados, também conhecidos como fundos de pensão, são planos de benefícios de Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Na prática, a diferença entre eles é que os planos abertos estão disponíveis para todos os públicos, bastando o investidor recorrer a uma instituição autorizada, como uma corretora de valores para fazer o investimento.
Já no caso dos planos fechados, eles são acessíveis a grupos específicos, como as entidades de classe.
PGBL e VGBL
Sigla para Plano Gerador de Benefício Livre, o PGBL é indicado para pessoas que procuram um plano de previdência complementar à previdência social e para quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda, pois sua incidência se dá sobre o valor total a ser retirado.
VGBL significa Vida Gerador de Benefício Livre.
É um plano de previdência que costuma ser mais interessante para quem se preocupa com o planejamento sucessório, ou seja, pessoas que precisam definir e registrar os herdeiros.
Além disso, o VGBL é ideal para quem não contribui para a previdência social e faz o modelo simplificado de declaração do IR, pois sua incidência se dá não sobre o valor total investido, mas sim sobre os rendimentos.
Fundos de pensão
As opções restritas a colaboradores ou profissionais específicos geralmente são benefícios concedidos pelo empregador.
Elas não possuem fins lucrativos, o que faz com que seu custo seja relativamente baixo.
São comuns tanto em empresas públicas quanto em instituições privadas.
Nos fundos de pensão, o funcionário faz a sua contribuição e a empresa complementa o que foi investido com 15, 20 ou 50% restantes, dependendo daquilo que foi acordado previamente entre as partes.
Como escolher o melhor plano de previdência privada
Além de conhecer os tipos, o investidor precisa ter em mente os regimes de tributação existentes.
Eles podem ser regressivos ou progressivos.
O diferencial da tributação regressiva é que ela considera o tempo de permanência do investidor no fundo, assim, quanto maior é o período, menor é a alíquota.
Nesse modelo, a alíquota é de 35% da adesão até 2 anos e cai 5% a cada 2 anos, chegando a 10% em 10 anos.
A tributação progressiva, por sua vez, apresenta alíquotas que vão de zero a 27,5%, dependendo do valor retirado.
Assim, quanto maior a renda, maior a alíquota.
No resgate, existe também uma alíquota de 15% de Imposto de Renda na fonte.
Esse modelo é mais indicado para quem pretende se aposentar em pouco tempo.
Também é necessário observar as taxas de carregamento (que podem ser antecipadas, postecipadas ou híbridas) e de administração, que dizem respeito às despesas da instituição que oferece o plano.
Em resumo, a escolha do melhor plano de previdência tem a ver com o entendimento dos diferentes tipos existentes.
Além dos regimes de tributação, as taxas e, consequentemente, o retorno que cada um deles pode trazer.