
Equipe espanhola sagrou-se campeã mundial no final de semana, feito já realizado pelo time feminino. Foto: Getty Imagens
Novamente a seleção espanhola de basquete faz bonito em um Campeonato Mundial De Basquete.
E mesmo sem Pau Gasol, considerado o melhor jogador da história do país.
“No fundo o que se vê é uma continuidade. Um trabalho bem feito pela Federação e pelos clubes, desde as categorias de base”.
Palavras do presidente da Espanha, Pedro Sánchez, durante encontro dos jogadores e comissão técnica com o chefe de estado e publicado no blog da Betway, site de apostas online.
Algo que já tinha acontecido com a seleção feminina, dois meses antes.
O resultado?
Espanha campeã europeia.
Aliás, segundo título consecutivo que fez o país se tornar o maior campeão do torneio, com quatro taças no total.
A seleção masculina também coleciona bons resultados.
Foram duas pratas em Olimpíadas, três títulos europeus e um campeonato mundial.
Só para variar, o time atual tem diversas estrelas que jogam na NBA, como Marc Gasol (recém-campeão com o Toronto Raptors), Ricky Rubio e Willy Hernangómez.
A Espanha é um verdadeiro celeiro de craques.
Exemplo para o Brasil
Fernando Romay, ex-jogador, prata nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984, também segue a mesma linha do presidente espanhol.
“Trabalho que vem desde a base, passando pela formação de treinadores e a organização de competições para todas as idades”, afirmou durante entrevista dada ao time da Betway Esportes, empresa de apostas online sediada em Londres.
Para ele, o Brasil tem tudo para seguir o mesmo caminho.
“O Brasil têm um Oscar Schmidt e uma grande quantidade de bons jogadores. Não entendo como o basquete ainda não desbancou o futebol no Brasil”.
Depoimentos
O jovem Ricardo Fischer conhece bem a realidade espanhola, pois defendeu o Bilbao Basket por uma temporada.
Fischer diz que no país europeu existe uma cultura de basquete e que a modalidade é tratada com profissionalismo.
O armador, que hoje defende o Corinthians (SP), foi campeão Pan-americano em 2015.
Justamente um período difícil para o basquete brasileiro.
“A bagunça que teve na federação se refletia dentro de quadra. Mas agora estamos com um planejamento muito bom feito pelo técnico da seleção”, diz.
Trata-se do croata Aleksandar Petrovic.
Para o jovem armador, ainda existe muito a evoluir.
Começando pelos clubes e as condições que os jogadores profissionais encontram para trabalhar.
“Precisa melhorar estrutura de ginásio, de vestiário, de arbitragem…”
José Neto, técnico da seleção feminina, concorda com Fischer.
Considera que o basquete brasileiro ainda está longe da estrutura e organização dos grandes centros, mas vê evolução.
“Mesmo com pouco dinheiro, a Confederação Brasileira vem fazendo muitas coisas boas. Às vezes, usando até recursos próprios do presidente”.
Exemplo feminino
Superando todas as dificuldades, a seleção feminina conquistou o Pan-americano de Lima.
Enfim, uma vitória histórica na final, contra os Estados Unidos.
Portanto, um título que não acontecia há 28 anos.
“A gente não tinha a expectativa de ganhar a medalha de ouro, mas o que nos preparamos acabou sendo suficiente para essa competição”, destacou Neto.
Agora, o que José Neto, Eduardo Fischer e todos os envolvidos com o basquete no Brasil esperam é que haja continuidade no trabalho para que conquistas como a da seleção feminina não sejam inesperadas e aconteçam com maior frequência.