Muita coisa mudou nos últimos meses e muita coisa ainda vai mudar. Eu, particularmente, não acredito na mudança das pessoas, vide quando se flexibiliza o comércio, etc… e vemos o comportamento de desrespeito de uma boa parcela da população. No entanto, acredito muito na mudança dos vários segmentos do mercado (por imposição do novo coronavírus), como o setor de viagens.
Um dos setores mais afetados pela questão do distanciamento social impedindo as pessoas de se hospedarem em hotéis e outros tipos de hospedagem, fronteiras fechadas e com isso os voos também praticamente cancelados. Com o verão se aproximando na Europa e nos Estados Unidos – período muito forte para o turismo, o setor de viagens já se movimentam procurando adotar medidas que garantam a saúde dos viajantes.
Robôs faxineiros, academia dentro do quarto, concierge móvel, entre outros serviços robotizados são algumas revoluções do setor apontadas pela plataforma americana CB Insights, ligada ao ecossistema de empreendedorismo, inovação e startups, que fez um estudo de como podem ser os meios de hospedagem do futuro, em um mundo com Covid-19. Veja como os hotéis podem se adaptar.
Robôs faxineiros
Para garantir a segurança tanto dos viajantes quanto da equipe do empreendimento hoteleiro, os robôs ficariam com as tarefas contínuas de limpeza e já existem empresas que oferecem equipamentos para isso. A startup Xenex Disinfection Services, dos Estados Unidos, por exemplo, produz robôs equipados com tecnologia ultravioleta (UV) de xenônio pulsado para desinfetar instalações e equipamentos.
Academia dentro do quarto
A tendência é os hotéis firmarem parcerias com empresas de fitness que ofereçam aos hóspedes acesso a aplicativos de exercícios em seus celulares, sessões de treinamento ao vivo em TVs inteligentes ou dispositivos como o oferecido pela Mirror – um espelho que “dá aulas” de ginástica.
Concierge móvel
As soluções de concierge (assistência ao hóspede) móveis não são algo novo, mas a expectativa é que os empreendimentos hoteleiros adicionem serviços para criar uma experiência verdadeiramente sem contato para os hóspedes, como auto-check-in, pagamentos via aplicativo ou comunicação com a recepção por meio de mensagens ou bate-papo por vídeo. Empresas como o ALICE ajudarão os hotéis a coletar dados relevantes sobre seus hóspedes para personalizar suas experiências.
Bar e cozinha robóticos
Para reduzir o risco de contaminação entre as pessoas e ao mesmo tempo gerar receita complementar, os hotéis podem adotar soluções robóticas como o Cafe X, um robô que faz café, e o Pazzi, um robô que faz pizzas. Tudo para continuar servindo alimentos e bebidas aos hóspedes.
Elevadores sem contato
Os painéis de botões devem desaparecer dos elevadores e de outros aparelhos. A EASPEED, da China, desenvolveu uma solução para ajudar a modernizar elevadores com botões holográficos usando um espelho de vidro e um sensor elétrico para detectar movimentos dos dedos no ar.
Pontos de atendimento
O check-in será facilitado por quiosques de autoatendimento equipados com soluções de reconhecimento de voz e facial para permitir serviços sem contato, como confirmação da identidade dos hóspedes, verificação de temperatura ou resposta a perguntas.
Acredito no “novo normal” nos novos modelos de negócios, nas mudanças estruturais do setor corporativo – que iriam acontecer para uma redução de custos, e que a pandemia acelerou, agora com a fala da necessidade de preservação da saúde.
(Fonte: Whow/Adriana Fonseca)
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