Dezembro encerrou registrando um triste índice em Santos.
Foi o segundo mês com mais mortes por Covid-19 em Santos.
Os números são um reflexo do aumento da taxa de casos nos últimos meses, tanto que o Governo Estadual precisou tomar medidas mais restritivas no Plano São Paulo.
Na quinta (7), devem ser anunciadas novas posições pelo governo do Estado.
Porém, muitas pessoas não estão seguindo as recomendações e acabam promovendo aglomerações, como as registradas em vários pontos durante o Réveillon.
Só no último mês de 2020 foram registrados 120 óbitos pelo coronavírus no município, conforme dados organizados pela Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
A associação usa como referência os dados divulgados pela Fundação Seade.
O número é 23,7% maior em relação a novembro, quando 97 pessoas perderam a vida por conta da doença.
Junho continua sendo o mês com mais vítimas fatais pela Covid-19 em Santos.
Ao todo, foram contabilizadas 222 mortes naquele período.
Cenário
De acordo com o coordenador do levantamento, o médico Carlos Eid, Santos teve a pior taxa no número de óbitos por 100 mil habitantes em dezembro.
Assim, a cidade fica à frente do Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, a terceira colocada entre os municípios mais populosos em mortalidade em termos proporcionais (por 100 mil habitantes) e Santo André.
Foram 27,7 obitos por 100 mil habitantes em dezembro, mais que o dobro da cidade carioca, a líder em mortes pela Covid-19 em 2020.
Aliás, pela ordem, Rio de Janeiro, Santos e São José do Rio Preto são as três únicas cidades brasileiras que ultrapassaram a taxa de 200 óbitos/100 mil habitantes. (confira detalhes nesta reportagem).
Por sua vez, o Rio de Janeiro, líder na taxa de óbitos por 100 mil habitantes entre as 95 maiores cidades brasileiras, conseguiu diminuir a curva de mortes em dezembro.
Baixada Santista
Também a Baixada Santista de mortes registrou a maior alta de mortalidade desde agosto.
Assim, ao todo, foram 2,7 mil óbitos pela doença.
Os meses de junho e julho foram o pico da doença na região, mas o crescimento expressivo em dezembro em relação a novembro preocupa.
Ainda mais diante das concentrações após as festas e encontros das festas de final de ano, em especial o Réveillon.
O número de mortes caiu em setembro e outubro, porém voltou a aumentar em novembro e dezembro, mostrando uma tendência de alta.
Ou seja, o sinal de alerta está ligado e a situação tende a piorar em razão das aglomerações registradas nas festas de fim de ano e no verão.