Para Luiz Marinho, PT “participa de corrida de média – e não curta – distância” | Boqnews
Ministro Luiz Marinho - Foto: Divulgação

Eleições 2022

18 DE NOVEMBRO DE 2021

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Para Luiz Marinho, PT “participa de corrida de média – e não curta – distância”

Presidente paulista da legenda, Luiz Marinho enfatiza que o partido terá tempo para analisar o cenário eleitoral que se apresenta para 2022.

Por: Fernando De Maria

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“Nós estamos entrando em uma corrida de média e não de curta distância”.

A frase com une comparação esportiva com a eleitoral define bem a expectativa do Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2022.

Afinal, com o nome do ex-presidente Lula bem posicionado em todas as pesquisas eleitorais, ainda que não oficialmente ele se declare candidato – o que o colocaria no segundo turno, se a eleição fosse hoje -, o partido tende a ressurgir com força em 2022 com a possibilidade real da legenda voltar ao poder nacional.

E (re) conquistar novos governos estaduais, inclusive São Paulo, o que seria algo inédito.

Reviravolta

Resultado de uma reviravolta política, após sofrer baixas significativas nas últimas eleições em decorrência dos escândalos decorrentes da Lava Jato.

Eles atingiram seu principal líder, o ex-presidente Lula, preso por 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Lula foi solto no dia 8 de novembro de 2019, um dia após o Supremo Tribunal Federal ter considerado a prisão em segunda instância inconstitucional.

Não bastasse, mensagens secretas divulgadas pelo site The Intercept revelaram conflitos de interesses entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato.

Resultado: suspeição do juiz no julgamento contra o ex-presidente, o que garantiu-lhe a plenitude da sua liberdade.

Agora, por ironia, Moro, que se tornou ministro da Justiça no governo Bolsonaro, volta à cena política de olho nas eleições de 2022.

O próprio Bolsonaro, que o endeusava, hoje virou um feroz crítico do ex-juiz.

Para não perder o fôlego

Enquanto as peças do xadrez começam a ser movimentadas,  reconhece o presidente paulista da legenda, Luiz Marinho, muitos fatos ocorrerão até outubro de 2022.

“O cenário ficará mais claro em março/abril do próximo ano, quando fechará a janela eleitoral”, salienta.

Assim, mantendo a analogia com a corrida, o PT quer ter fôlego suficiente para dar o sprint na reta final e chegar bem posicionado para um eventual segundo turno.

Ou, quem sabe, vencer a corrida já na primeira etapa.

Seja em âmbito nacional, seja nos estados onde poderá ser cabeça de chapa ou apoiar partidos aliados.

PSB

Neste cenário, Marinho reconhece que as negociações atualmente estão mais avançadas com o PSB, partido histórico de apoio à legenda da sigla vermelha, junto com outros partidos alinhados à esquerda.

Assim, ao que parece, algumas rusgas recentes nas eleições do ano passado, como em Recife entre os primos João Campos – PSB e Marilia Arraes – PT, e até em São Paulo, com Marcio França – PSB e Jilmar Tatto – PT, parecem ter sido deixadas de lado.

Sem contar na eleição de 2014, quando o PSB lançou candidatura presidencial própria com Eduardo Campos, sendo substituído em razão da sua trágica morte em Santos, no litoral paulista, por Marina Silva, ex-petista e hoje na Rede, partido que ajudou a fundar.

Tudo em nome de união de forças para um objetivo comum.

Prévias tucanas?

Marinho participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quinta (18), onde abordou temas diversos, inclusive as denúncias e erros contra o partido.

Citou, por exemplo, a crise energética que atingiu o país e o impacto no cotidiano das pessoas.

E os impactos provocados pelo então candidato tucano Aécio Neves e a vitória de Eduardo Cunha à presidência da Câmara Federal.

Por sua vez, reconheceu que o cenário político passa pelas prévias do PSDB, marcadas para este domingo (18).

Afinal, somente após as prévias – que preocupam tucanos históricos em relação ao ‘day after’ (dia seguinte) – é que o cenário estará mais claro.

Mas porque o PT tem interesse nas prévias tucanas?

Simples.

Nome forte do partido e um dos seus fundadores, o ex-governador Geraldo Alckmin tem recebido afagos – aliás, mútuos – do ex-presidente Lula, deixando alguns militantes mais exaltados em choque.

Alckmin disputou contra Lula em 2006 à presidência da República. Farpas não faltaram à época…

Durante participação do Jornal Enfoque no final de outubro, o próprio ex-prefeito paulistano Fernando Haddad  (PT) reconhecera a liderança de Alckmin.

Tal fato acabou ganhando dimensão dias depois na imprensa nacional.

No entanto, Marinho reconhece que uma eventual união Lula-Alckmin é complexa.

“Sinceramente, vejo muita dificuldade para configurar este quadro, mas não vamos antecipar as coisas”.

Portanto, uma união que não pode ser descartada, dependendo, é claro, do cenário que se vislumbra pós-prévias tucanas.

Seja nos primeiros 100 metros – ou na segunda volta da corrida, quem sabe.

Lula

Além disso, ele falou sobre os encontros que o ex-presidente Lula tem realizado com líderes europeus, como o presidente francês, Emmanuel Macron, desafeto do atual presidente Jair Bolsonaro.

“Lula, sem mandato, tem sido recebido deste jeito na Europa. O presidente Lula mostra que tem uma estrada construída para rapidamente restabelecer as relações com outras nações”, enfatizou.

Não bastasse, Marinho também falou sobre a Lava-Jato, privatização de empresas, como a Petrobras.

Além disso, citou eventuais nomes da Baixada Santista que poderão disputar a um cargo pela legenda.

No entanto, salientou, que tudo passará pela estrutura da coligação a ser montada.

Afinal, o partido – ou a coligação – poderão lançar no estado 71 candidatos a deputado federal e 95 a estadual.

Nomes

De qualquer forma, o presidente estadual – que será candidato a deputado federal – lembrou alguns nomes que se colocam como pré-candidatos até o momento.

Assim, são os casos dos vereadores de Santos, Telma de Souza (federal) e Francisco Nogueira (federal), além do advogado Douglas Martins (estadual), candidato da legenda nas eleições municipais, e o médico infectologista Marcos Caseiro.

Além disso, de São Vicente, a candidata à prefeitura pelo PT, Anália Maria da Silva, também pretende concorrer, assim como o ex-presidente da Câmara de Guarujá, Edilson Dias.

Programa completo

Confira o programa completo

 

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