Bicampeão da América, Pepe <i>sabe o caminho </i> para o tri santista | Boqnews

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03 DE JUNHO DE 2011

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Bicampeão da América, Pepe sabe o caminho para o tri santista

“Pele é extraterrestre” é uma das constatações mais célebres sobre o Rei do Futebol. Ninguém melhor para fazê-la do que alguém que conviveu com o Atleta do Século por tantos anos e que é o segundo maior goleador da história do Santos. Ou o primeiro dentre os “humanos”, como ele também diz. Fala-se aqui, claro, […]

Por: Da Redação

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“Pele é extraterrestre” é uma das constatações mais célebres sobre o Rei do Futebol. Ninguém melhor para fazê-la do que alguém que conviveu com o Atleta do Século por tantos anos e que é o segundo maior goleador da história do Santos. Ou o primeiro dentre os “humanos”, como ele também diz. Fala-se aqui, claro, de José Macia, o Pepe (foto). E poucos talvez sejam tão vitoriosos como o ponta-esquerda, inclusive quando o assunto é a Libertadores. Com a velocidade e os potentes chutes de Pepe, o Peixe se sagrou bicampeão da América, em 1962 e 1963. Natural, portanto, que o ídolo santista conheça os atalhos para que o Alvinegro reconquiste o continente.


Curiosamente, lá se vão 49 anos desde que Pelé, Pepe e companhia venceram a Libertadores pela primeira vez. Muita coisa mudou, até o formato do torneio. O rival da decisão, porém, será o mesmo de 1962: o Peñarol, do Uruguai. Adversário do qual Pepe recorda bem, e até por isso, deixa o alerta: o futebol uruguaio não é mais bola para frente e pancada. “O Uruguai sempre apresenta equipes fortes. Hoje em dia, já não existe mais aquela dureza com a qual eles jogavam. Eles estão com uma geração de garotos que sabe jogar e que está muito bem. Naquela época, sabíamos que iríamos encontrar equipes duras e fortes na marcação, além de um campo ruim”, conta.


Na ocasião, os jogos ante os uruguaios foram difíceis. No primeiro, vitória santista no tradicional Estádio Centenário de Montevidéu (onde ocorrerá o primeiro jogo da final deste ano) por 2 a 1. Na volta, vingança charruá: 3 a 2, na Vila Belmiro. A decisão acabou ficando para Buenos Aires, e deu Peixe (foto): 3 a 0. Na visão de Pepe, pesou a favor do Santos algo que Neymar e companhia precisarão encarnar para superar o Peñarol: o chamado espírito da Libertadores. “Para argentinos e uruguaios, Libertadores é vida, é perspectiva. O uruguaio faz da Libertadores a competição mais importante do calendário. Quando enfrentávamos o Peñarol, víamos garra, força e pancada. No Centenário, encontrávamos um time com a faca nos dentes, querendo ganhar do Santos de qualquer maneira”, recorda.


O sucesso, portanto, passa pelo Alvinegro Praiano não se intimidar e saber unir técnica, categoria, vibração e agressividade — “no bom sentido”, ressalta. “O Santos tem que encarar de frente. Se tiver que dividir mais duro, tem que fazê-lo. Nós fazíamos isso. Levávamos pancada, mas também chegávamos. Eu até ficava mais quieto, mas o Coutinho, o Pelé e o Zito dividiam duro e se preciso, iam no tornozelo. Claro, hoje a fiscalização é maior, com a TV, mas naquela época, se o time não fosse valente na casa do rival, dançava”, aponta. “Com a agressividade na medida certa e superioridade técnica, o Santos consegue a conquista. Afinal, se colocarmos na balança, o Santos é a melhor equipe”, conclui.


Por que acreditar?


Foi contra o Peñarol que o Santos conquistou seu primeiro título da Libertadores, com o histórico esquadrão Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.


O Santos decidirá a fatura em casa, com o apoio da torcida. Além disso, fez melhor campanha ao longo do torneio e conta com um dos principais jogadores de futebol  no momento: Neymar


Por que se preocupar?


Em 2003, o Santos reeditou a final de 1963 contra o Boca Juniors. E se há 48 anos o título ficou na Vila, o time de Robinho e Diego acabou com o vice, com derrota em casa no segundo jogo. Risco de nova “desforra”?


O Peñarol fez uma das piores campanhas dentre os classificados à segunda fase, mas deixou para trás favoritos como Internacional, Universidad Católica e Velez, sempre decidindo como visitante.


Serviço
Primeiro jogo: Estádio Centenário (Montevidéu, 15/6)
Segundo jogo: Pacaembu ou Morumbi (São Paulo, 22/6)
Horário: 21h50 (ambos) TV: Globo (aberta), Sportv e BandSports (fechada)

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