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30 DE MARÇO DE 2023

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Observatório Chega! dá vez e voz às mulheres da Baixada Santista

“Toda a mulher já sofreu violência. Se acha que não, ela distraída”, afirma a jornalista e professora universitária, Nara Assunção

Por: Da Redação

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Com quatro anos de atuação, mantida durante a pandemia, ainda que de forma virtual, o Observatório Chega! dá vez e voz às mulheres.

Assim, usa as redes sociais para amplificar as falas femininas.

Desde o início de março, as atividades retornaram com encontros semanais -sempre às quartas-feiras, das 18 às 19 horas, na sala M-214 da Universidade Santa Cecília, em Santos, no litoral paulista.

Criado por professoras, sua proposta inicial era discutir situações vivenciadas por alunas e ouvir relatos e situações.

Muitas vezes, as histórias de entrelaçavam.

Dessa maneira, com cada vez mais mulheres – e homens – se interessando pelo tema, o Observatório ampliou horizontes.

Em breve, deverá abrir novo espaço na Estação da Cidadania, no Bairro do Campo Grande.

Marcia Okida e Nara Assunção falaram sobre as ações do Observatório. Foto: Carla Nascimento

Violência presente

Afinal, a violência contra mulheres está arraigada na sociedade brasileira.

Desde palavras e expressões até a violência física ou sexual.

Até chegar ao ápice: os feminicídios.

Portanto, no ano passado, 3,9 mil homicídios dolosos (intencionais) foram cometidos contra mulheres – aumento de 2,6%.

Deste montante, 1,4 mil vítimas de feminicídios  – onde a desigualdade de gênero motiva o crime.

Ou seja, o maior índice desde 2015, quando a lei passou a vigorar.

“Toda a mulher já sofreu violência. Se acha que não, ela distraída”, afirma a jornalista e professora universitária, Nara Assunção, uma das organizadoras do grupo.

Ela participou, junto com a professora e designer Márcia Okida, também uma das fundadoras do coletivo, do Jornal Enfoque de hoje (30).

Outra mentora do proposta é a professora e jornalista Raquel Alves.

Dessa maneira, três professoras se uniram para abrir espaço às discussões sobre pautas que envolvem todas as formas de violência contra mulheres na região. Na foto: Márcia Okida, Raquel Alves e Nara Assunção. Foto: Divulgação

Conforme Nara, o espaço busca discutir relacionamentos abusivos, que muitas alunas desconhecem.

“A gente precisa discutir isso. As meninas precisam saber quando ocorre um assédio”, enfatiza.

Assim como os meninos.

Afinal, nas rodas de conversas, muitos dizem que replicam e consideram as atitudes como algo normal, pois tem exemplos familiares.

E então todos conseguem identificar algo tido como ‘normal’ como anormal.

“As situações são inúmeras”, enfatiza Nara.

Neste sentido, Marcia Okida enfatiza que as medidas para melhor a convivência coletiva precisam ser conversadas de forma aberta.

“A proibição não dá certo. Há necessidade de diálogo e educação”, explica.

Aberta a todos

Assim, as atividades do grupo são abertas a todos, independente de serem alunos ou não da instituição.

“A ideia é debater e contribuir com ações”, esclarece Marcia.

Neste sentido, as caixas escutatórias – abertas para receber relatos anônimos – devem voltar a circular.

E ainda:  uma nova pesquisa feita com universitários para entender o conceito e compreensão sobre a violência – entre moças e rapazes (cujas concepções são distintas).

Assim, além de exposições e eventos programados para os próximos meses, em especial no segundo semestre.

Dessa forma, para acompanhar as atividades do grupo, basta acessar o site do observatório

Além disso, nas redes sociais, como no Instagram, onde atualmente há uma série de depoimentos de mulheres sobre o tema, com frases retiradas de livros e poemas.

Confira o programa

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