“Estamos amadoristicamente cuidando de São Vicente”, define presidente do IHGSV | Boqnews
Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, Paulo Eduardo Costa, enfatiza a importância de São Vicente valorizar sua riqueza histórica, mas pouco aproveitada. Foto: Carla Nascimento

492 anos da Celulla Mater

17 DE JANEIRO DE 2024

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“Estamos amadoristicamente cuidando de São Vicente”, define presidente do IHGSV

Presidente do IHGSV, Paulo Eduardo Costa, lamenta que a cidade não explora seu potencial histórico para geração de empregos e oportunidades

Por: Da Redação

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Prestes a comemorar 492 anos no próximo dia 22, São Vicente tem uma riqueza histórica que merece – e precisa – ser valorizada.

Afinal, não é à toa que a cidade é citada como a Cellula Mater da nacionalidade (leia mais aqui)

E se preparar para as comemorações dos 500 anos, um marco histórico.

Neste sentido, o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente se coloca à disposição para colaborar para transformar esta data marcante.

“Nossa história é grandiosa”, enfatiza o presidente da entidade, Paulo Eduardo Costa, um apaixonado pela história e cultura vicentina.

No entanto, conforme ele, a despeito da potencialidade, a cidade não sabe explorar este potencial, ao contrário, por exemplo, de Porto Seguro, no litoral baiano.

“O Brasil nasceu aqui”, enfatiza o portal da prefeitura baiana.

Por sua vez, o ex-secretário de Cultura do município, Costa enfatiza que o IHGSV integra a comissão que participa das atividades comemorativas aos 500 anos.

“Mas nosso planejamento iniciou no final do século passado”, relembra.

Hoje, o IHGSV se tornou a principal referência cultural da Cidade.

Somente no ano passado, foram mais de 300 atividades realizadas, graças à colaboração da população vicentina, como Costa enfatiza.

(veja o vídeo – https://www.facebook.com/ihgsv.casadobarao/posts/pfbid0bcF6vUYkSr3jb1d5f9Dk2ffjng2htDFjjCJtZY1QPuygpj5gmwKCUAjhNWoYyZUhl)

Ele participou do Jornal Enfoque desta segunda (15), na abertura do 3º ano de exibição do programa.

São Vicente

No programa, o presidente da entidade enfatizou a riqueza histórica que a cidade oferece e praticamente inexplorada.

“O Porto das Naus é um grande exemplo. Primeiro porto do País e poucos sabem onde fica”, lamenta.

Para quem não sabe, localiza-se junto à Ponte Pênsil, no lado continental vicentino.

Outro exemplo da riqueza histórica é que a primeira sacra foi feita em São Vicente e dava nome à paróquia Nossa Sra da Conceição, hoje inexistente.

“De lá foi para a igreja matriz de Itanhaém e chegou a ser exposta em Nova Iorque. Hoje, encontra-se no Museu de Arte Sacra de Santos”, diz.

A própria sede, chamada de Casa do Barão, mantém um museu com mais de 26 mil itens, 57 mil livros e um acerto fotográfico de 30 mil fotos, cujo processo de digitalização já iniciou.

“Porto Seguro (BA) sabe explorar sua importância histórica muito mais que São Vicente. Precisamos valorizar nossos pontos turísticos, históricos e culturais”, diz.

Paulo Eduardo Costa participou do primeiro programa do terceiro ano do Jornal Enfoque, na última segunda, com apresentação do jornalista Francisco La Scala. Foto: Carla Nascimento

Berço da democracia nas Américas

Ele cita que a cidade foi a pioneira a ter, de forma organizada, a primeira Câmara, o primeiro juiz de paz (juiz) e o primeiro intendente (prefeito nos dias atuais).

Ou seja, o tripé da democracia: Legislativo, Judiciário e Executivo.

Dessa forma, São Vicente ganha, por muitos, o título de berço da democracia nas Américas.

Caso do historiador brasileiro Tito Lívio Ferreira (confira o conteúdo aqui) em 1964.

“Estamos amadoristicamente cuidando de São Vicente”, lamenta o profissional.

Afinal, conforme ele, a união da cultura com o turismo projeta a cidade e também amplia a oferta de empregos, contribuindo para fazer a economia girar.

“São Vicente tem um potencial enorme, mas tantas carências. Há necessidade de planejamento, projetos, metas e objetivos, que não podem ser da ‘boca para fora’ “, salienta.

Outros temas

Durante o programa, ele comentou sobre a possibilidade de venda das áreas do Jockey Club (onde ocorriam as corridas de turfe e deram origem ao bairro) e do Golf Club, onde ele ocupou o cargo de vice e presidente, respectivamente.

No entanto, em razão da cobrança de tributos municipais, ambas as instituições estão se vendo obrigadas a vender suas áreas para quitar as dívidas.

Cada uma deveria algo em torno de R$ 4 milhões, segundo Costa, que se coloca contrário às vendas.

“Somadas, são quase 500 mil m2 de áreas. Um verdadeiro pulmão verde dentro da Cidade. Isso deveria ser levado em consideração”, salienta.

Também presidente da Federação de Cinofilia do Estado de S. Paulo, que reúne 47 clubes espalhados por cidades paulistas, Costa também comentou sobre o trabalho desenvolvido pela entidade.

Aliás, no final do ano passado, ele participou de seletivas no Equador, Colômbia e no Peru.

Eleições

Filiado ao PSDB, mas sem nunca ter ocupado um cargo eletivo no Legislativo, Costa está propenso em concorrer à Câmara nas eleições de outubro.

“Caso eu saia candidato, o objetivo é contribuir para melhorar as discussões em benefício de São Vicente e da Baixada Santista”.

Além disso, no programa, ele afirmou que alguns partidos já o cortejaram visando as eleições: destaques para o Novo e o MDB.

No entanto, ele avalia o cenário e não bateu o martelo sobre seu futuro político.

Confira o programa completo

 

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