As placas de sinalização apontam um risco específico naquela área, indicando a presença das correntes de retorno. “É como se água virasse uma esteira que te arrasta para o fundo do mar”, explicou a bombeira. “O guarda-vidas é treinado para identificar essas correntes e sinalizar onde elas estão”, complementou.
Por isso é essencial frequentar praias em que há guarda-vidas. O Corpo de Bombeiros disponibiliza uma ferramenta online que permite verificar quais praias do litoral paulista contam com a presença desses profissionais. Essa simples atitude pode fazer toda a diferença para um passeio tranquilo e seguro. Acesse aqui: https://experience.arcgis.com/experience/a715de86f6b4491393e59b593a507f08/
Dicas
Portanto, para evitar o risco de afogamento, recomenda-se aos banhistas seguir algumas orientações. Além de estarem em praias com guarda-vidas e não avançar em frente às placas de perigo, não entrar no mar após o consumo de bebida alcoólica e evitar que a água ultrapasse a linha da cintura são algumas das dicas.
“Quando passa dessa região a pessoa perde a mobilidade”, contou a capitão. Dessa forma, o uso de objetos flutuantes como pranchas ou boias também são “altamente contraindicados” por passar uma falsa sensação de segurança, segundo a profissional.
Ao ver uma pessoa se afogar, é necessário ligar no 193 para que a equipe de bombeiros possa fazer o resgate o quanto antes. Se possível, tente jogar algo que sirva para a vítima se apoiar e boiar. Mas em hipótese alguma tente resgatá-la.
“Apenas os guarda-vidas possuem um treinamento técnico para fazer o salvamento. A pessoa que tenta resgatar pode acabar sendo levada pelo mar também”, orientou a bombeira.
Os guarda-vidas utilizam nadadeiras e um flutuador que podem auxiliar no resgate. Além disso, contam com o apoio de motos aquáticas, pranchas, botes de salvamento e quadriciclos, que facilitam o deslocamento no mar e nas faixas de areia.
Além disso, quando necessário, também há o acionamento do helicóptero Águia da Polícia Militar. Os guarda-vidas ficam dentro da aeronave e pulam no mar para salvar as vítimas. No final de dezembro, quatro crianças entre 10 e 14 anos foram salvas pela atuação dos profissionais.
Mais de 100 crianças localizadas
Aliás, os guarda-vidas também ajudaram a localizar crianças que se perderam dos familiares nas praias. No período analisado, 102 crianças foram encontradas e entregues aos pais.
Dessa maneira, vale lembrar que os bombeiros possuem pulseiras de identificação para que sejam colocados os dados dos responsáveis para facilitar o encontro caso a criança se perca. Basta os responsáveis procurarem pelo profissional mais próximo.
3,7 mil vidas salvas
Em 2024, a atuação do Corpo de Bombeiros ajudou a salvar 3,7 mil vítimas de afogamento. Desse total, 47% das vítimas tinham entre 11 e 30 anos e 34,7% entre 31 e 50 anos.
Além disso, aproximadamente um terço das ocorrências aconteceu nas praias do Guarujá – 108 pessoas morreram.