Todas as favelas brasileiras agora possuem um CEP, o Código de Endereçamento Postal. O anúncio oficial, com detalhes do processo de endereçamento, números e dados foi feito na quarta-feira (8), pelo Governo do Brasil. Ação ocorreu durante o “Seminário da Moradia ao Território: reconhecendo as periferias brasileiras”, coordenado pelo Ministério das Cidades.
“Mais do que um número, ter CEP é possibilitar dignidade para as pessoas que estão nas periferias e que não tinham acesso ao básico. Como levar seus filhos a um posto de saúde próximo de casa, por exemplo. Essa é mais uma dívida histórica que está sendo reparada pelo Governo do Brasil”. Declarou o ministro das Cidades, Jader Filho, ao anunciar a conclusão da Meta 1 do programa CEP para Todos que implementou um CEP geral em cada uma das 12.348 favelas e comunidades urbanas do Brasil.
Programa Periferia Viva
Portanto, o governo lançou o programa em novembro de 2024, dentro do Programa Periferia Viva, em parceria entre o Ministério das Cidades — por meio da Secretaria Nacional de Periferias —, o Ministério das Comunicações (com os Correios) e o IBGE.
“Mais que a satisfação de ver esse trabalho concretizado, é uma honra testemunhar a política pública chegando a quem realmente precisa. Estamos reparando um erro que demorou mais de 500 anos para ter correção e não vamos parar. O CEP é só uma parte da nossa proposta de inclusão para garantir dignidade às pessoas que moram nas favelas”. Destacou o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões.
Aliás, a previsão inicial, de garantir pelo menos um CEP em todas as favelas brasileiras até o final de 2026, foi alcançada com mais de um ano de antecedência.
Ou seja, houve implementação de CEPS para as 12.348 favelas e comunidades urbanas que constam no mapeamento do IBGE (2022), em 656 cidades. Onde vivem 16,3 milhões de pessoas, 8,1% da população do país. Destas 72,9% são pretos e pardos (que compõem a população negra brasileira).
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