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19 DE NOVEMBRO DE 2014

Espaço do saber

Por: Fernando De Maria

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É em um imóvel de quase um século, escondido pelas árvores e que guarda em seu interior uma beleza arquitetônica rica em detalhes onde outrora funcionara o colégio Cesário Bastos, que está inserindo Santos, aos poucos, no mapa científico e tecnológico do Estado. É ali que hoje está o curso de Engenharia de Petróleo, o primeiro da USP na Cidade.

Ao todo, cerca de 100 alunos cursam as atividades acadêmicas e mais 50 são aguardados para o próximo ano. Aliás, mesmo recente, o curso de Petróleo já está entre os mais procurados entre os da Poli. São 474 candidatos para as 50 vagas da Fuvest disponíveis como primeira opção. A média é 9,48 candidatos/vaga, o que o torna o 20º curso da Poli mais disputado entre os 34 oferecidos no vestibular. São 12 professores fixos – além dos eventuais – que já atuam na unidade santista.

Apesar da crise financeira que atinge a USP, provocando uma das maiores greves de sua história neste ano, o campus santista obteve 60 computadores de alta tecnologia que formarão o ponto de partida para a criação do Laboratório de Alta Performance Computacional (LAPeC). Os equipamentos custaram R$ 600 mil.

Softwares apropriados para a área de petróleo e gás serão instalados de forma que seja possível fazer a simulação da exploração e produção, identificando a melhor forma de se conseguir este objetivo. Os equipamentos deverão estar funcionando já a partir de janeiro.

O diretor da Poli/USP, José Roberto Piqueira, explica que o objetivo da instituição é que o curso santista se torne uma das principais referências do setor no País. Ele se orgulha dos alunos que fizeram os exames para obtenção do duplo diploma e que o sucesso foi pleno. Assim, os jovens terão o documento validado não só no Brasil, mas também em países como França e Alemanha.

Piqueira destaca que Santos já integra a rota tecnológica do Estado em razão da sua potencialidade e perspectivas em áreas como petróleo e gás, porto, polo industrial, turismo. Ele inclui a Cidade, ao lado de São José dos Campos, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e São Carlos, como a nova rota tecnológica paulista, que representa 45% de toda a produção científica brasileira e 52% dos investimentos em pesquisa no País. Sinal da potencialidade em valorizar este ambiente científico e unir esforços com as instituições públicas e privadas locais.

Sobre a expansão do campus, com a construção de um novo prédio, a delicada situação financeira da USP postergou este sonho. “Queremos primeiro fortalecer o de Engenharia de Petróleo e investir na pós-graduação para depois trazermos novas opções”, diz.

O trabalho é árduo e deve ocorrer a médio e longo prazos, mas os resultados, certamente, poderão tornar a Cidade efetivamente em uma nova referência na área de pesquisas, especialmente no setor de Petróleo e Gás, sem perder de vista outros, como o de Oceanografia, cujo curso deverá ser o próximo a migrar para o litoral.

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