Em duas semanas, os 338.474 mil eleitores de Santos, e de todos os demais municípios brasileiros, irão às urnas para votar nos seus representantes para prefeito e vereador. Na Cidade, oito candidatos concorrem pela prefeitura e 385 por uma das 21 cadeiras da Câmara Municipal.
Nas ruas, porém, o cenário é de que – não fosse por um cartaz ou outro – as eleições são algo distantes neste emblemático ano. O professor e especialista em marketing político, Iberê Sirna, que participou do Jornal Enfoque, na última terça-feira (14), indaga “Onde está a festa da democracia?”.
De acordo com o especialista, as mudanças nas regras de financiamento marcaram de fato as campanhas eleitorais deste ano, tornando-as ainda mais restritivas. “Reduziu o tempo (de 90 para 45 dias de campanha), limitaram os gastos. Proibiram uma série de peças publicitárias. Daqui a pouco vai ser feito por telefone ou de boca-a-boca apenas. Não é possível alguém se transformar em um político sem que as pessoas os conheçam”, critica.
Segundo pesquisa Enfoque Comunicação/ Boqnews, 45,4% da população acompanha as campanhas. E para elas, a televisão é a forma mais utilizada, com 49,3%. Com tamanha importância, para Iberê é um absurdo, por exemplo, um candidato a prefeito ter menos de 10 segundos para falar na televisão. “Isso precisa ser revisto. A campanha não está equilibrada”.
Ainda de acordo com dados da pesquisa, as redes sociais, que já tiveram um papel importante nas últimas eleições e ganham cada vez mais força, tem relevância para apenas 9,4% dos eleitores. Segundo o especialista, a internet ainda precisa ser estudada. Na visão dele, ela facilita o acesso, mas também desmonta qualquer candidato. “Atualmente, é mais fácil perder o voto do que ganhar”, conta.