O ex-deputado e ex-secretário de Estado e do Município, Edmur Mesquita, será eternamente lembrado ao dar seu nome a um viaduto da Rodovia Anchieta (km 62,35).
O projeto da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), mesmo partido de Mesquita, foi sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas.
Dessa forma, sua publicação ocorreu na edição desta segunda-feira no Diário Oficial do Estado.
Advogado e militante estudantil, Mesquita sempre esteve à frente dos embates políticos.
Na sua estreia como vereador, em 1982, obteve 6.552 votos.
Em 1986, candidatou-se a deputado federal pelo MDB, sem sucesso.
Dessa forma, dois anos depois, foi um dos fundadores do PSDB, nascido após cisão com o MDB.
Por sua vez, foi suplente de deputado estadual e vereador até aceitar o convite para ser secretário de Cultura na gestão de David Capistrano (1993-1994).
Apesar das críticas sofridas (ele era do PSDB e Capistrano, do PT), Mesquita mostrou que políticas públicas não poderiam superar as políticas ideológicas.
Edmur Mesquita foi vereador, deputado, secretário municipal e estadual. Foto: Arquivo Boqnews
Estado
Depois, foi chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Cultura, na gestão do governador Mário Covas.
De lá, permaneceu até abril de 1996, quando retornou ao cargo de vereador e disputou a prefeitura de Santos, ficando em terceiro lugar, com 41.268 votos.
Dois anos depois, elegeu-se deputado estadual (1998-2001).
No meio do caminho, nova candidatura à prefeitura de Santos, vencida por Beto Mansur (reeleito).
Candidatou-se nas duas eleições seguintes à Assembleia Legislativa, ficando na suplência.
Ocupou o cargo de secretário-adjunto de Cultura no Governo do Estado de São Paulo e também esteve à frente da Agência Metropolitana da Baixada Santista.
Em 2011, Edmur Mesquita virou secretário-adjunto de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, onde permaneceu até junho de 2012.
Assumiu a titularidade da pasta e também a transformação dela em subsecretaria de Estado, até 2018, durante a gestão do governador Márcio França (PSB).
Parkinson
Em 2013, descobriu o Mal de Parkinson.
No entanto, ele encontrou no esporte a possibilidade de melhoria de sua qualidade de vida.
Inspirado em Hugo Calderano, o ex-fumante passou a ser um mesa-tenista dos mais dedicados.
Chegou a vice-campeão do Mundial para Pessoas com Parkinson, em 2019.
Planejava, junto com o genro, trazer o Mundial para Pessoas com Parkinson de 2023 para o Brasil.
Em 2020, atuou como assessor técnico da Secretaria de Governo da Prefeitura de Santos para auxiliar o prefeito, Rogério Santos (então no PSDB), na interlocução com os governos estadual e federal.
No entanto, assim como milhares de outros brasileiros, a Covid o levou, após ficar semanas internado em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas, na Capital.
Faleceu aos 67 anos.
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