O falecimento de um funcionário e o afastamento de outro que cuidavam do setor de cálculos do Fórum de Santos tem atrapalhado a vida de muita gente.
Estima-se que mais de 2 mil processos estão parados pela ausência de servidores encarregados para fazer os cálculos pedidos pelos juízes.
Os atrasos atingem, em especial, processos relacionados a obrigações alimentícias , como pensão, e inventários.
Além disso, o cenário é mais complexo para processos anteriores a 2012, onde não havia digitalização.
“A situação está crítica”, reconhece o diretor-técnico da OAB Santos, Raphael Meirelles.
Ele foi o entrevistado de hoje (11) do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias. Nesta data comemora-se o Dia do Advogado.
A OAB-Santos tem conversado com a diretoria do Fórum para encontrar uma solução e assim resolver o impasse.
Inclusive a criação de convênios para agilizar as pendências.
Assim, um concurso deverá ser realizado pelo Tribunal de Justiça.
No entanto, há necessidade de se agilizar os processos para diminuir os danos às pessoas que aguardam pelos seus direitos.
“Existem atrasos que superam um ano”, lamenta.
Politização da OAB
Assim, Meirelles analisou também os ataques constantes entre o presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente da OAB -Brasil, Felipe Santa Cruz.
“Certos gestos são desnecessários. O momento não é de conflito”, salienta o advogado.
Além disso, ele defende a realização de eleições diretas para a escolha do presidente da categoria.
Por sua vez, a proposta já foi apresentada na Câmara dos Deputados, por intermédio do deputado federal Junior Bozzella (PSL/SP).
Ações para advogados
Na entrevista, Meirelles também falou das ações realizadas pela Ordem durante a pandemia para atendimento aos advogados.
Além disso, cita, por exemplo, a ampliação da estrutura oferecida, manutenção dos planos de saúde, digitalização de processos físicos, video-audiências, entre outras ações.
“Nenhum advogado ficou sem suporte”, enfatizou.
Além disso, o profissional comentou sobre as eleições da categoria em novembro próximo.
E ainda: as mudanças decorrentes da pandemia entre os profissionais – com o fechamento de escritórios, por exemplo – e o nível dos cursos universitários.
Eleições
Especificamente sobre as eleições, ele não se coloca como pré-candidato, mas não descarta a possibilidade de concorrer, caso o atual presidente Rodrigo Julião não busque a reeleição.
Assim, a única certeza é clara, segundo ele.
“A situação terá candidato”, assegura.
Enfim, onde há fumaça…
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