A Baixada Santista perdeu participação no Produto Interno Bruto no Estado, segundo levantamento divulgado hoje (27) pela Fundação Seade.
Na comparação entre 2002 e 2016, a participação da região caiu de 3,3% para 3,1%. O PIB equivale a toda a arrecadação e circulação de recursos no Estado.
Comparando os números arrecadados em São Paulo naquele ano (R$ 2,38 trilhões), a perda regional equivale a R$ 4,07 bilhões, caindo de R$ 67,2 bilhões para R$ 63,1 bilhões.
O montante equivale a dois orçamentos do município de Santos, por exemplo.
Entre as regiões metropolitanas, apenas a Baixada Santista, Grande São Paulo e região do Vale do Paraíba/Litoral Norte diminuíram sua participação na comparação entre os anos.
E ainda: na comparação com os números estaduais, os dois municípios da Baixada Santista melhor ranqueados (Santos e Cubatão) perderam participação.
Santos até passou de 14º para 13º lugar entre 2002 e 2016 entre os maiores PIBs do Estado, mas caiu na participação financeira de 1,2% do total para 1,1%.
Cubatão se manteve no 15º lugar, mas também perdeu espaço no cenário estadual, caindo de 1,0% para 0,9%.
Dividindo por segmentos, Cubatão melhorou a performance na área industrial, sendo o 6º município paulista neste item, ampliando a participação de 2,4% para 2,7%.
No entanto, Cubatão, que ocupava o 4º lugar, no PIB per capita no Estado de São Paulo, hoje ocupa a 16ª colocação.
Por sua vez, Santos caiu no segmento de serviços, caindo do 8º para o 12º lugar (queda de 1,7% para 1,3% na participação).
Baixada Santista e PIB
A variação negativa decorre da perda de participação dos dois principais municípios da região, que perderam espaço na comparação com as demais cidades da Baixada Santista.
Cubatão, por exemplo, apresentou variação negativa de 31% para 27,6%. E Santos, de 36,7% para 34,3%.
Por sua vez, Praia Grande cresceu de 6,8% para 9,7%, ultrapassando a economia de São Vicente, que se manteve com 7,9%.
Guarujá também cresceu de 11,3% para 12,4%.
O setor de serviços aumentou a participação no Valor Adicionado de 69,7% para 73,5%.
Destaque para Bertioga, cuja participação cresceu de 80,2% para 89,4%.
Cubatão, por sua vez, caiu de 36,2% para 35,6%.
O Valor Adicionado da indústria caiu de 30% para 26,3%, sendo que a maior queda ocorreu em Bertioga (de 19,2% para 10,2%), enquanto Cubatão cresceu de 63,8% para 64,4%.
Já o segmento Agropecuário – cuja participação é pequena – oscilou de 0,3% para 0,2%, especialmente em razão da queda de participação de Peruíbe, com recuo de 4,7% para 2,2%.
Geral
De acordo com estudo da Fundação Seade, embora tenha perdido participação em relação a 2002, a cidade de São Paulo permanece no topo da lista dos 20 municípios com maior contribuição no Produto Interno Bruto – PIB do Estado em 2016.
Osasco registrou o avanço mais acentuado, passando da 6ª para a 2ª colocação (de 2,4% para 3,7%).
Os maiores recuos, depois da capital, foram observados em São Bernardo do Campo, que passou de 2º para 6º lugar (de 3,0% para 2,1%), e São José dos Campos, que regrediu de 4º para 8º (de 2,6% para 1,8%).
Campinas permaneceu estável em 3º lugar e Jundiaí cresceu na sua participação, progredindo da 10ª para a 7ª posição.
Diadema saiu do ranking, cedendo lugar para Mogi das Cruzes, que passou a ocupar o 17º lugar.
A participação das Regiões Metropolitanas – RM no PIB do Estado teve leve oscilação, passando de 79,7% para 77,7%.
Enquanto as Aglomerações Urbanas de Jundiaí e Piracicaba cresceram, especialmente a primeira, que avançou de 2,0% para 3,2%.
Apesar de a concentração do PIB metropolitano não ter se alterado de forma significativa, entre os setores de atividades constata-se queda considerável do Valor Adicionado industrial.
Ela passou de 77,9% para 70,0%.
Sobretudo em razão do comportamento da RM de São Paulo e da RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Mesmo com o avanço da indústria nas RMs de Campinas e Sorocaba e nas Aglomerações de Jundiaí e Piracicaba, o destaque foi o crescimento do setor nos demais municípios, passando de 15,3% a 21,8%.
PIB per capita
Assim, em relação ao PIB per capita, entre 2002 e 2016, Paulínia manteve o 1º lugar no ranking dos 20 principais municípios em relação ao PIB per capita, destacando-se também o avanço de Gavião Peixoto.
Desta forma, a cidade passou da 13ª para a 6ª posição, e Louveira, que avançou da 7ª para a 4ª.
Portanto, chama atenção, ainda, a entrada no ranking de pequenos municípios, especialmente Brejo Alegre.
Portanto, a cidade saltou do 457º para o 2º lugar, Sebastianópolis do Sul, que progrediu do 208º para o 3º lugar, e Meridiano, elevando-se do 292º para o 5º lugar.
O PIB dos municípios paulistas é calculado pela Fundação Seade desde 1998, no âmbito de um projeto nacional coordenado pelo IBGE.
Além disso, como a mesma metodologia é adotada em todo o país, é possível comparar o PIB dos municípios paulistas com o dos demais Estados.