A pandemia derrubou a tendência positiva que a CET Santos vinha seguindo em relação às finanças públicas.
Após sucessivos prejuízos ao longo da década passada, a empresa havia fechado os balanços de 2018 e 2019 no azul.
Em 2018, a empresa fechou com saldo positivo de R$ 23.637.547,23 e no ano seguinte, R$ 326.037,89.
No entanto, o cenário mudou no ano passado, quando a empresa encerrou as contas no vermelho, com prejuízo líquido de R$ 1,4 milhão, ante R$ 326 mil de lucro em 2019.
No acumulado, o prejuízo chega a R$ 56 milhões.
Os números foram divulgados no balanço publicado no Diário Oficial de 29 de março.
De forma geral, houve redução numérica em todos os itens, afetando diretamente a receita da empresa.
Por exemplo, na Rodoviária, uma das fontes de receita da CET, houve redução de 57% no total de passageiros transportados, caindo de 1.736.516 em 2019 para 746.428 no ano passado.
As partidas também diminuíram em 50,8%, caindo de 96.004 – média de 263/dia para 47.141 – média de 129/dia.
Como resultado, houve redução de R$ 2,2 milhões que deixaram de entrar nos cofres da empresa.
Os bondes turísticos também tiveram sensível redução de passageiros – o fluxo basicamente se concentrou nos primeiros meses do ano passado, pré-pandemia.
Foi uma redução de 60,5%, passando de 90.627 para 35.760 em um ano.
Multas
As multas pagas pelos motoristas no trânsito também caíram 8,2%.
Assim, a arrecadação caiu de R$ 44.881.659,47 para R$ 41.199.397,14 – diminuição numérica de R$ 3,68 milhões.
O déficit seria ainda pior, caso não tivesse sido aprovado pela Câmara o aumento do repasse da Prefeitura de Santos à empresa no ano passado.
Aliás, este foi o único item comparativo que houve majoração no ano passado em relação ao ano anterior.
Foi uma diferença de R$ 5 milhões que foram injetados nos cofres da empresa.
Em 2019, o valor repassado pela Prefeitura foi de R$ 22 milhões e no ano passado, R$ 27 milhões.