BNI Baixada Santista quer se tornar o principal polo no estado de São Paulo | Boqnews
Diretor executivo da BNI Baixada Santista, Alexandre Mantovani, falou das ações do grupo no Jornal Enfoque. Foto: Carla Nascimento

Entrevista com Alexandre Mantovani

14 DE OUTUBRO DE 2024

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BNI Baixada Santista quer se tornar o principal polo no estado de São Paulo

Diretor executivo da unidade na região, Alexandre Mantovani, fala sobre a ação do grupo que tem mais de 500 empresários associados e planeja expansão.

Por: Da Redação

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Fundado há 39 anos na Califórnia, nos Estados Unidos, por Ivan Misner, surgia o embrião da Business Networking International (BNI).

Após quatro décadas e com 330 mil membros espalhados pelo mundo, em 78 países diferentes com mais de 300 diferentes tipos de profissões, o grupo também atua na Baixada Santista e planeja expansão para o Vale do Ribeira em 2025.

Atualmente, são cerca de 500 empreendedores, de pequeno e médio portes, que atuam na Baixada Santista.

“Queremos se tornar a maior regional do BNI no Estado de São Paulo”, destaca Alexandre Mantovani, diretor executivo do grupo na Baixada Santista.

Ele participou do Jornal Enfoque desta segunda (14), onde falou sobre a atuação da BNI.

O desafio de Mantovani é enorme, pois a própria Capital conta com 850 empreendedores, que fazem o verdadeiro trabalho de networking, por meio do marketing de referência, ou seja, o tradicional ‘boca a boca’.

Os números de negócios fechados entre parceiros impressionam.

Nos últimos 12 meses (outubro/23 a 24), foram cerca de R$ 78 milhões movimentados entre os integrantes deste ‘clube’ de empreendedorismo.

Em média, os valores de negócios variam de R$ 200 mil a R$ 215 mil/dia.

E desde sua chegada à região, os membros do BNI já movimentaram mais de R$ 300 milhões.

“Apenas com trocas de negócios entre nós”, salienta.

Ou seja, se um empresário tem uma empresa na área de RH, pode ajudar na indicação de um profissional que um outro cliente necessite.

Ou alguém que precise de um advogado trabalhista para resolver eventuais pendências e necessidades. E vice-versa.

Dessa forma, os integrantes do clube acabam dando preferência na aquisição de produtos e serviços fornecidos pelo mesmo grupo, havendo sinergia entre eles.

Serviços

Na Baixada, existem três polos: em Santos, Praia Grande e Itanhaém, com reuniões de segunda a sexta para falar de negócios.

Ele destaca que pelo perfil da região a área de serviços tem amplo espaço para crescimento.

“É promissora”, enfatiza.

Neste sentido, setores como turismo, gastronomia, bem-estar e suporte à área portuária são algumas das áreas com elevado potencial de sucesso.

Assim, os associados pagam uma anuidade para fazer parte do grupo e se beneficiar desta troca de informações, com palestras e eventos, além da troca de ideias e formalização de negócios.

“Nosso foco é o desenvolvimento de networking por meio de relacionamentos e conexões. Não falamos sobre política, nem religião”, esclarece.

Ele enfatiza que o objetivo da BNI é fazer parcerias entre os empreendedores do grupo e já ocorrem tratativas com o Parque Tecnológico de Santos para acertar atuações conjuntas.

“Já iniciamos conversas para incubarmos novos negócios”, enfatiza.

O mesmo vale para universidades. “Estamos abertos para parcerias”, antecipa.

Mantovani destaca que hoje o atual perfil de empresas e empresários é voltado para as áreas da construção civil, setores de direito e finanças, especialmente voltados à área de serviços.

“O setor que vemos com potencialidade para crescer é o da saúde”, enfatiza.

Publicidade

Mantovani também relata que os empresários que atuam apenas nas redes sociais devem ficar atentos.

“Não adianta você ter milhares de seguidores se isso não gera negócio”, explica. “Às vezes, são quilômetros de contato, mas zero de retorno”, complementa.

Ou seja, estar presente nas redes sociais é fundamental, mas não se pode limitar somente a ela.

“A mídia social é importante, mas não se pode depositar ali todas suas expectativas. O networking é fundamental”.

Ele reconhece que diante dos desafios diários de um empreendedor, muitos temem crescer.

“Não se pode ser empreendedor na zona de conforto”, completa.

Outro desafio é saber quando é o momento dos herdeiros tocarem o negócio.

Nem sempre, porém, isso ocorre.

“As empresas são feitas para serem vendidas”, explica, ao lembrar que um empresário criou uma empresa na área de segurança e após 12 anos a vendeu por mais de R$ 12 milhões.

“Valeu a pena”, sintetizou.

Outro desafio é a necessidade de qualificação de mão-de-obra.

Assim, o desafio é acertar na contratação.

E se não der certo?, podem indagar.

“Contrate lentamente e demita rápido. Às vezes, temos um problema e nós não tomamos a decisão de trocar. No BNI, temos empresas que trabalham com qualificação de profissionais”, salienta.

Por isso, é importante que o empreendedor delegue tarefas e competências.

“Quem não delega, o seu negócio morre”, enfatiza.

Por fim, Mantovani orienta o candidato a empreendedor que, muitas vezes, se aposenta e quer montar seu próprio negócio.

E usa todo o seu FGTS para este fim.

“Primeiro, tenha certeza se este é o caminho que você vai querer. Se for, procure primeiro o Sebrae para te ajudar na elaboração do plano de negócio. E depois, procure a BNI”, enfatiza.

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