Quando falamos de Carnaval, Santos é referência no tema. Por aqui, logo vem à mente as escolas de samba, bandas, tendas na praia, festas em clubes e lojas repletas de fantasias.
As histórias do Carnaval Santista são passadas de geração para geração e dariam um bom enredo para qualquer agremiação.
Aliás, a Acadêmicos do Grande Rio, escola da Baixada Fluminense, homenageou a Cidade em 2016, com um desfile na Avenida Marquês de Sapucaí.
A exemplo dos últimos anos, os desfiles carnavalescos serão antecipados. Neste ano, algumas novidades estão previstas nos desfiles das escolas de samba em Santos.
O cantor Xande de Pilares vai fazer a abertura oficial do evento, na sexta (14), antes dos desfiles das escolas dos grupos I e de acesso. Ainda existem ingressos.
Outra mudança é que a Passarela Drauzio da Cruz terá arquibancada em ambos os lados da passarela. O desfile do Grupo Especial acontece no sábado (15), animando os integrantes das escolas: a União Imperial busca seu tricampeonato, enquanto a Mãos Entrelaçadas estreia na 1ª Divisão.
A Corte Carnavalesca já está definida e esta semana é voltada para os últimos ajustes antes do grande dia tão aguardado pela comunidade do samba. Segundo o presidente da Licess (Liga Independente Cultural das Escolas de Samba de Santos), Benedito Fernandes, o Ditinho, as agremiações estão fazendo um belo trabalho apesar da crise financeira. Ele diz que neste Carnaval o esforço e o investimento serão ainda maiores por parte das escolas.
Confira a ordem, o grupo e os enredos das agremiações:
Carnabanda
Outro evento tradicional na Cidade é o Carnabanda, que leva milhares de foliões para as ruas durante o mês inteiro. Não importa a idade, as bandas atraem pessoas de diferentes aspectos para um único objetivo: curtir o Carnaval.
Inicialmente, 60 bandas estavam previstas para participar. Mas no quinto dia de folia, porém, um incidente ocorrido na Banda Carnatole, no Gonzaga; envolvendo arrastões, brigas, roubos e pessoas feridas, fez com que a Prefeitura suspendesse a folia temporariamente.
Essa não foi a primeira vez que foram registradas ocorrências envolvendo bandas, tanto que algumas já foram proibidas de desfilar. O caso mais grave aconteceu em 1999, quando uma confusão na banda Serra do Mar resultou em 4 jovens baleados, com uma vítima fatal. Logo após a tragédia, o prefeito à época, Beto Mansur, proibiu o Carnaval de rua no Município.
Para dar mais segurança aos foliões, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Cultura em conjunto com a Polícia Militar, adotou novo modelo para o desfile das bandas.
Mudanças
Entre as mudanças estão: o aumento de segurança particulares, entrega de pulseiras, local fixo com grades e o ambiente controlado; ou seja, o número de foliões é limitado de acordo com o perímetro da área.
O secretário de cultura, Rafael Leal, destaca que o modelo prioriza a segurança; “Identificamos o problema e agimos de forma rápida. Para dar segurança às pessoas tomamos uma série de medidas como a utilização de detectores de metais, torre de controles e maior efetivo da Polícia Militar e da Guarda Civil”.
As bandas que iriam se apresentar entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro foram realocadas. A medida causou consequências. Na última quinta-feira (6), quatro bandas deixaram de desfilar, entre elas, as tradicionais Ouro Verde e Carnacachaça.
Outros eventos
Santos também conta com as tendas, onde todos podem se divertir ao som das tradicionais marchinhas, reunindo principalmente famílias. Os clubes também mantêm a tradição de realização dos bailes e matinês. Vasco da Gama, Internacional de Regatas, Portuários, Clube dos Ingleses já programaram seus eventos.
Com tanta festa, a procura por fantasias é grande e isso impacta no crescimento deste segmento no comércio, com vendas de roupas temáticas, serpentinas, confetes, máscaras e adereços. Além disso, existem ateliês especializados em fantasias para qualquer época do ano, sobretudo no Carnaval.
É o caso do ateliê Mg Samba Show, localizado próximo ao canal 2, que faz trabalhos especiais para essa época do ano. Segundo o proprietário e estilista, Manuel Gonçalves, as fantasias e adereços são feitos nos mínimos detalhes.“O ateliê atende agremiações de Santos, São Paulo e Rio de Janeiro.
As peças geralmente são feitas para a rainha de bateria, musas e passistas. Atendemos também a 22 países, onde pessoas procuram o nosso trabalho de mais 35 anos nessa atividade”.
Cada peça e acessórios são fundamentais na fantasia. Fotos: Divulgação.
O turismo é outra forma que gera impacto na economia.
De acordo com a Prefeitura de Santos, em 2019, o Município recebeu 340 mil turistas no Carnaval.