Na biblioteca de artes da Pinacoteca Benedicto Calixto há uma edição rara do Dicionário das Famílias Brasileiras, entre os 1.409 exemplares de livros relacionados a todas as áreas da cultura. Fotografia, cinema, história da arte da cidade de Santos, do pintor Benedicto Calixto e do Casarão Branco que abriga suas obras preenchem a saleta localizada no final do corredor do andar térreo da pinacoteca. Obras sobre música erudita, brasileira e danças típicas do País também preenchem o acervo bibliográfico. O jardim como pano de fundo contrasta com os dois edifícios que rodeiam a construção do início do século XX. É quase impossível ouvir o barulho da rua no seu interior. O tempo passa sem perceber. Muitas vezes eles são engraçados ou estão ligados a lugares do mundo. Para quem não sabe a origem do sobrenome vale a pena olhar os dados do Dicionário das Famílias Brasileiras. Depois de matar a curiosidade, é hora de conhecer um pouco do acervo que existe desde 1995 e é composto de obras doadas por colecionadores, artistas e amantes das artes plásticas. Picasso, Degas, Renoir e Monet se encontram entre as publicações que abordam suas influências artísticas, sociais e obras. Quem procura um lugar sossegado que ofereça cultura gratuita tanto pelos livros como também de pinturas pode conhecer o local e ainda receber monitoria para ver as obras do pintor Benedicto Calixto expostas dentro do casarão. Falando em artes plásticas, o ponto forte da biblioteca é exatamente esse e engloba materiais sobre museus do mundo, pintura, escultura, desenho, tapeçaria e gravura, porém o espaço é pouco conhecido e, de acordo com a professora de Educação Artística e responsável pela biblioteca, Ariany Lameiro Cremonini, as pessoas só sabem que o espaço existe depois que visitam o casarão. Mozart e Les Noces de Fígaro, o fotográfo Sebastião Salgado e sua obra Êxodos e a obra da artista plástica Tomie Ohtake estão nas prateleiras que servem como trilhos que guiam os olhos de quem admira algum tipo de manifestação artística. Até o cineasta Glauber Rocha deixa sua marca registrada dentro da saleta por meio de um exemplar sobre cinema em espanhol.. Entretanto, os materiais que mais se destacam na procura dos visitantes são a biografia de Benedicto Calixto e a história do Casarão Branco. Mas, como o ponto forte é arte plástica existem, na biblioteca, livros dessa área em outros idiomas como alemão, francês, espanhol e italiano. O único problema é que se o visitante não entende essas línguas, ele não saberá qual é a tradução dos textos. Ariany explica que quando alguém procura esses livros é porque está interessado nas ilustrações das pinturas e raramente procuram pelo texto. Além de livros, a biblioteca dispõe de dezenas de revistas culturais, folderes e catálogos Raridades Algumas raridades fazem parte do acervo doado por pessoas de diversos lugares do Estado e por artistas conhecidos, como a artista plástica Tomie Ohtake. Entre esses exemplares é possível encontrar o Catálogo Louzada de Artes Plásticas, com edições de 1985 até 2002; o Dicionário de Pintura e Restauro todo em espanhol; a coleção Museus do Mundo com os espaços mais famosos, o Dicionário Petit Larousse de la Peinture contendo imagens das principais pinturas e a coleção O Mundo da Arte, desde a pré-história até a arte moderna. E ainda a Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil, o Catálogo Americano de Antiguidades e uma caixa de Litogravuras, de João Batista Calixto de Jesus. Serviço
28 DE ABRIL DE 2008
Espaço exclusivo para a arte
Na biblioteca de artes da Pinacoteca Benedicto Calixto há uma edição rara do Dicionário das Famílias Brasileiras, entre os 1.409 exemplares de livros relacionados a todas as áreas da cultura. Fotografia, cinema, história da arte da cidade de Santos, do pintor Benedicto Calixto e do Casarão Branco que abriga suas obras preenchem a saleta localizada […]