As feiras livres voltaram nesta terça-feira (6), em Santos, com a fase emergencial, após o período de lockdown que durou duas semanas.
Contudo, os feirantes realizaram um protesto contra as novas medidas estabelecidas pela Prefeitura e não venderam nenhum produto, apenas armaram as barracas.
Os feirantes destacaram que a manifestação tem como objetivo estabelecer critérios para as pessoas ter condições de trabalho, respeitando o distanciamento.
Vale destacar que no novo decreto, a Prefeitura restringiu o horário das feiras que só podem funcionar de terça à sexta-feira das 7h às 12h.
Estão permitidos apenas as barracas de hortifrugranjeiros e pescados, de tamanho reduzido em 50%. Além disso, as barracas só podem funcionar de um lado da via, com utilização do cordão de isolamento.
Segundo a feirante Vânia Andrade de 44 anos, as medidas tiram as condições de trabalho da categoria “Nem todos os feirantes conseguiram ficar apenas de um lado, assim foi preciso ir para as ruas paralelas que nunca tiveram feira e isso incomoda os moradores, só queremos trabalhar, respeitando o distanciamento”, ressaltou Vânia.
Além disso, Vânia destacou que enquanto não houver um dialogo entre a Prefeitura e a categoria, o protesto vai continuar.
Já a feirante Mirian Sugano, de 38 anos, citou que as novas medidas impedem a realização do trabalho “Queremos que todas as categorias voltem, pois tiraram alguns feirantes que não vão ter como trabalhar, precisamos de união. É importante frisar que todos os feirantes respeitaram o lockdown, permanecendo em casa”, enfatizou.
Por fim, Mirian abordou que os feirantes são autônomos e dependem do trabalho do dia a dia.
Prefeitura
Questionada sobre tal fato, a Prefeitura de Santos emitiu a seguinte nota.
“As novas medidas sanitárias nas feiras livres, com maior distanciamento das barracas, uso de álcool e redução do tamanho original, são necessárias para a segurança de todos usuários e trabalhadores, e fundamentais para conter aglomerações. A Administração destaca que dialoga com os diversos segmentos da sociedade desde o início da pandemia e, principalmente, no presente momento, quando Santos e as demais cidades do país atravessam o pior momento da crise sanitária causada pela Covid-19”.