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Covid-19

12 DE JUNHO DE 2020

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Três cidades da Baixada Santista superam taxa de letalidade do estado de SP

E cidades da Baixada Santista que anteciparam flexibilização registram se destacam na alta de casos de pessoas infectadas em apenas uma semana.

Por: Fernando De Maria

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Entre a reabertura de atividades econômicas em decorrência da mudança da fase vermelha para a laranja e a ‘invasão’ de pessoas pelas ruas, surge um ponto de interrogação.

Este é o momento certo para a flexibilização das atividades econômicas?

Afinal, o fluxo maior de pessoas pelas ruas coloca em alerta profissionais de saúde, que temem novas ondas de picos de casos do Covid-19.

Assim, um dos fatores que chama a atenção é o volume de óbitos na comparação com o total de casos confirmados.

Isso representa a taxa de letalidade de cada cidade.

Ou seja, a divisão entre o total de mortos pelos infectados.

Até dia 11 de junho, a taxa de letalidade mundial era de 5,6%.

São 7,51 milhões para 421.458 mortos – praticamente o equivalente a uma cidade do tamanho de Santos, no litoral paulista (SP).

Taxa de letalidade de 5,6%.

No Brasil, são quase 41 mil pessoas mortas para 803 mil pessoas infectadas.

Média de letalidade de 5,1%.

Já o Estado de São Paulo tem 167.900 casos para 10.368 mortos.

Assim, letalidade de 6,2%.

Ou seja, a média de letalidade dos paulistas supera a do País e do mundo.

Estes percentuais na relação infectados x mortos têm se mantido nos últimos dias

Baixada Santista

Assim, das nove cidades da Baixada Santista, cinco estão com média de letalidade acima da nacional.

Por sua vez, na comparação com a média mundial (5,6%), são três cidades – e empate em uma quarta.

Se compararmos com a média estadual – que já supera a do País e do mundo – três cidades têm índices ainda mais superiores.

São os casos de São Vicente, com taxa de letalidade atual de 6,9%; Peruíbe, com 10,1% e Itanhaém, com 12,9%, estas duas no litoral sul paulista.

Estas taxas, porém, são variáveis, pois dependem dos números divulgados pelas prefeituras e os disponibilizados pelo governo do Estado, no portal da Fundação Seade.

Por diversas questões, como demora nos prazos de envios de dados, os números municipais costumam ser maiores que os do Estado.

As maiores diferenças entre número de óbitos do Covid-19 estão nas cidades de São Vicente (117 confirmados pelo Município e 101 pelo Estado); Guarujá (124 pelo Município e 86 pelo Estado) e Cubatão (73 pelo Município e 49 pelo Estado).

Assim, a taxa de letalidade muda na relação com o total de infectados.]

Mesmo assim, as três cidades se mantêm à frente da média paulista.

 

Crescem infectados

Um fator, porém, chama a atenção.

O crescimento da taxa de infectados.

Na comparação entre uma semana (dias 4 e 11 de junho), o número oficial de casos confirmados assusta – ainda mais em tempo de abertura das atividades econômicas.

Sem contar que existem casos que os números municipais são inferior aos do estado, como São Vicente (1.271 e 1.467, respectivamente) e Mongaguá (83 e 92, respectivamente), fugindo da lógica natural – os números municipais são mais atualizados que os estaduais.

Vale lembrar que, conforme infectologistas, o prazo de incubação do vírus até a explosão de casos chega até duas semanas (14 dias).

Comparação

Assim, é possível identificar – tomando como base os números divulgados pelas prefeituras entre o período analisado (4 e 11 de junho) -, que três cidades tiveram um taxa de crescimento considerável em curto espaço de tempo.

Coincidência ou não, elas foram as que mais flexibilizaram as atividades econômicas.

Cubatão teve um pico de casos de 59,7%, passando de 808 para 1.354.

Vale lembrar que o comércio da cidade não sofreu tantas restrições pela prefeitura, com em Santos e Praia Grande.

A vice-liderança é de São Vicente, com 48,3% dos casos.

Ela passou de 857 confirmados em 4 de junho para 1.271 uma semana depois.

E levando em consideração apenas os números municipais.

Se for considerado o total divulgado pelo estado (1.467), o crescimento é ainda maior: (71,1%).

Coincidência ou não, São Vicente flexibilizou suas atividades comerciais em 1º de junho, contrariando decisão do governo do Estado.

Mas apenas na última terça, o Tribunal de Justiça determinou o fechamento de atividades comerciais não essenciais.

Os números mostram que talvez tenha sido tarde demais.

E novas ondas de casos serão registradas na cidade.

Situação semelhante encontra-se Guarujá, que registrou alta de 46,6% no período, passando de 1.888 casos para 2.769 em uma semana.

Assim como São Vicente, a Prefeitura local também antecipou a flexibilização e teve que voltar atrás após o Tribunal de Justiça conceder liminar pedida pelo Ministério Público.

 

 

 

 

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