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Foto: Nando Santos

Descaso

16 DE SETEMBRO DE 2019

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Marquises apresentam problemas estruturais na região

Problemas em marquises escancaram descaso com imóveis em ruas da Cidade. Acidentes já ocorreram, alguns fatais

Por: Da Redação

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Prédios no Centro Histórico se mostram com estruturas danificadas, prejudicando esteticamente e estruturalmente as edificações. Foto: Nando Santos

 

As histórias das cidades são contadas, inúmeras vezes, pelo Centro Histórico. Em Santos, por exemplo, não é diferente.

Porém, o crescente descaso com a região central e bairros próximos traz à tona alguns problemas que ficam evidenciados por aqueles que trabalham ou apenas passeiam pelo local.

Nesta situação, as condições estruturais ganharam mais atenções após problemas com quedas de marquises que proporcionaram duas mortes na Cidade, em 2001 e 2011 e inúmeros outros acidentes.

O engenheiro civil Orlando Damin respalda que apesar dos inúmeros tombamentos nos imóveis localizados em áreas centrais da Cidade, há formas de reformá-los e assim garantir a segurança.

“Existem questões de segurança e de custo que devem ser observadas. Existem acabamentos disponíveis que mitigam a questão de mão de obra especializada”, relata.
A Prefeitura de Santos, por sua vez, informa, por meio de nota, que os tombamentos não impedem as restaurações. Ao contrário, tem a finalidade de proteger um bem de interesse coletivo de ser destruído, demolido.

“Muitos proprietários de imóveis tombados desconhecem a legislação em detalhes”, afirma, em nota.

Atualmente, existem quatro níveis de proteção (NP) para imóveis tombados.

O Executivo ainda criou, após o incidente em 2001, a lei complementar 441/01 – legislação que exige a apresentação de laudo de vistoria técnica do imóvel, bem como a lei municipal 3531/68 (artigos 250 a 255), que exige a reconstituição de segurança da fachada ou do imóvel no geral.

 

Mesmo com a proposta do Alegra Centro, bairro ainda se mostra em abandono. Foto: Nando Santos

Prestando atenção

As fotos acima evidenciam o estado que a degradação chegou. Mesmo com a criação de programas como o Alegra Centro, o estado crítico é visível em algumas estruturas.

No entanto, o engenheiro explica que há métodos que podem identificar com eficiência riscos de possíveis quedas de marquises e paredes, assim garantindo maior segurança.

Segundo Damin, há equipamentos eletrônicos e mecânicos e instrumentos de medição aptos a realizar inspeções nestas edificações.

Podendo, neste caso, diagnosticar se será necessário demolir ou reparar o edifício.

Contudo, o profissional ainda adverte para possíveis sinais de que o imóvel ou até mesmo fachadas podem vir a desabar.

De acordo com ele, fissuramento, desaprumo de alvenaria e partes verticais das estruturas são alguma das causas.

Outros sinais que podem ser percebidos é de acúmulo de vegetação de porte em paredes de alvenarias.

“Se observarmos nas fachadas das edificações a falta de travamento das paredes, ou seja as empenas não têm amarração com paredes perpendiculares, podem causar desmoronamento sem aviso, principalmente aliado aos efeitos da infiltração e umidade. Obras de contenção se tornam necessárias e urgentes”, exclama.

 

Relembrando casos

Além dos casos de morte que ocorreram, outros incidentes também foram reportados durante os anos.

Um deles aconteceu neste ano com a empresária Josiane Barros.

À época, a marquise localizada na Avenida São Francisco, no Centro, cedeu e destruiu parcialmente o carro dela.

Porém, os problemas estruturais não acontecem apenas em Santos.

Em São Vicente, por exemplo, no último final de semana, a queda de um beiral de um imóvel de 70 anos quase derrubou uma marquise no Centro, causando pânico a moradores.

A queda aconteceu de madrugada e deixou o local sem energia elétrica. Não houve feridos.

No Guarujá, no ano passado, a queda da marquise deixou um trabalhador ferido. Os escombros causaram fratura em uma das pernas do homem.

 

Apenas neste século, inúmeros acidentes foram registrados após queda de marquises. Duas pessoas já morreram. Foto: Nando Santos

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