Os números de internações pelo novo coronavírus em Santos vêm caindo dia após dia e auxiliaram a Cidade a entrar na fase amarela do Plano São Paulo.
De acordo com o site Santos Mapeada, portal disponibilizado pela Prefeitura de Santos para divulgar dados sobre o novo coronavírus, a média de altas hospitalares é de 6,4 pacientes/dia.
Esta média aumenta, porém, quando se trata de dias para receber altas hospitalares, chegando a 6,88 pessoas.
Os dados, no entanto, ainda são elevados, conforme aponta o site.
A região já ultrapassou os 11 mil casos de contaminação pelo vírus, registrando mais de 398 mortes e 781 casos suspeitos até o fechamento desta reportagem.
Queda nítida
A diminuição nas internações pelo novo coronavírus estão sendo acompanhadas de perto pelo secretário de Saúde, Fábio Ferraz.
Ele confirma que é nítida a queda em relação as internações nos hospitais da região, contabilizando as unidades públicas e privadas.
Em média, 180 pessoas eram internadas por suspeita de Covid, o número no entanto foi reduzido, chegando a 150 pessoas. Uma queda, portanto, de 17%.
Questionado sobre um possível fechamento dos hospitais de campanha, o secretário assegurou que não há previsão para essa medida, mas que já há estudos para a volta à normalidade.
“Entendemos que ainda não é o momento de fechar vagas nos hospitais para atendimento do Covid-19, precisamos ter segurança de que a pandemia está sob controle”, salienta.
Análise
A médica Karina Calife, profissional que fez parte do estudo Epicobs, fez uma análise a respeito da diminuição de internações por covid-19. Segundo ela, a diminuição acompanhou a tendência verificada na cidade de São Paulo. No entanto, ressalta que é preciso considerar o investimento nas redes de atenção, a chegada de novos respiradores e a criação de novos leitos.
“Com isso se conseguiu diminuir a taxa de ocupação de leitos gerais nas enfermarias e nas unidades de terapia intensiva (UTI) que são destinados ao tratamento da doença”, afirma.
Ela complementa que é necessário considerar a “interiorização” da pandemia, ou seja, o caminho de volta para as cidades metropolitanas, com a possibilidade do que chamam de efeito boomerang, sendo possível assistir em breve um novo crescimento do número de casos que precisem de cuidados mais intensivos.