Poupafarma: diretor presidente renunciou um mês antes do fechamento das lojas | Boqnews
Unidade da Poupafarma, em Santos. Foto: Fernando De Maria/Arquivo

Grupo Investfarma

10 DE FEVEREIRO DE 2023

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Poupafarma: diretor presidente renunciou um mês antes do fechamento das lojas

Nas últimas semanas houve mudança da direção da empresa, que hoje só conta com um diretor, conforme documentos na Junta Comercial

Por: Da Redação

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Um mês antes do fechamento das lojas físicas do grupo Investfarma (Poupafarma, Estação e Drogaria Marcelo), o então diretor presidente da empresa, Sérgio de Souza Noia, renunciou ao cargo.

Ele ficou apenas 9 meses na função.

Não bastasse, uma semana antes do fechamento das 94 unidades físicas do grupo (a Farmadelivery, de entrega on line, permanece funcionando e Dissim Distribuidora de Medicamentos), novas mudanças ocorreram na composição da diretoria, com renúncia do diretor comercial Carlos Eduardo Barbosa Pianco do Rego Vilar.

Assim, a empresa ficou apenas com um diretor remanescente Sergio Afonso Ruiz.

Dessa forma,  hoje ele acumula as diretorias administrativa e financeira, além da controladoria e planejamento.

Conforme dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo, a renúncia do diretor presidente ocorreu no dia 5 de janeiro, registrada na junta cinco dias depois.

No dia 17 de janeiro, uma nova assembleia definiu pela consignação da renúncia do diretor comercial Carlos Eduardo Barbosa Pianco do Rego Vilar.

Na ocasião, houve alteração da composição da diretoria e consolidação do estatuto social.

Portanto, no momento, apenas Ruiz responde pela empresa, segundo dados coletados na Jucesp.

Aquisição

Além disso, em 2019 – um ano após a Invesfarma ter sido constituída e iniciado as compras de farmácias em São Paulo – a empresa foi adquirida pelo grupo Stratus, conforme anunciado em sites do setor.

Em seu site, a empresa se coloca como  “private partnership, sobre uma estrutura corporativa em linha com as principais entidades de private capital markets do mundo, com mais de duas décadas de experiência”.

Entre seus investimentos estão grupos como Cinesystem (com lojas de cinema em Praia Grande), BBM Logística, Credit Corp e Maestro Frotas.

Por sua vez, nada cita sobre o Investfarma.

No entanto, dois integrantes da empresa faziam parte como conselheiros administrativos da Investfarma até 5 de dezembro passado.

Casos de Alvaro Gonçalves, do conselho consultivo da Stratus, e de Alan Mondini Takahashi, da gestão de investimentos, conforme informa o site da empresa Stratus.

Teor do comunicado colocado nas lojas. Foto: Nando Santos

Outro lado

Contatada, a empresa Stratus não respondeu as perguntas da Reportagem sobre os motivos das mudanças e se ainda permanece à frente da InvestFarma.

Assim, tão logo as respostas sejam encaminhadas, iremos inclui-las nos textos.

Dessa forma, em nota, a Investfarma informa o seguinte:

“A Poupafarma iniciou a implantação de um projeto de readequação de sistemas e do modelo de abastecimento, a partir de um diagnóstico operacional realizado com apoio de consultoria especializada.

Desse trabalho o grupo pretende evoluir num sistema multicanal, com forte ação das plataformas digitais desenvolvidas nos últimos dois anos.

A plataforma de lojas físicas está sendo reavaliada.

Parte delas pode ser reformulada em um novo modelo de operação ou evoluir num contexto de franquias regionais.

O mês de fevereiro representará um período importante dessa transição da estrutura de lojas.

O grupo espera atrair novos parceiros de investimento em breve, apesar da crise de financiamentos do setor de varejo desde o início do ano e das altas taxas de juros.

Nesse contexto de transformação, o grupo pretende reafirmar seu compromisso de atuar sempre com transparência.

E esclarece que continua trabalhando forte para preservar os colaboradores nessa transição, e também para o constante aperfeiçoamento no atendimento aos clientes”.

Entrevista

Em entrevista ao site Panorama Farmacêutico, o ex-CEO do grupo Sérgio de Souza Noia, explicou as razões da sua saída da empresa.

Além disso, ele confirmou que deixou a direção da empresa em 30 de dezembro do ano passado por questões pessoais e passou o mês de janeiro em período de transição, já não respondendo mais pela companhia.

“Foi o fechamento de um ciclo em comum acordo, uma vez que, a partir desta data, a Investfarma precisava tomar decisões estruturais que teriam que ser decididas pelos acionistas e não pelo gestor”, explica ao site.

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